A síntese da Páscoa

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Um dia o Criador formou a humanidade reta no Éden, mas o ser humano sendo tentado, não se conformou em ser apenas uma criatura e ambicionou ser o Criador. A raça humana caiu do seu estado de retidão e todos tornamo-nos alpinistas do trono de Deus.

Há um apetite exagerado em cada ser humano de querer ser autossuficiente. O nosso apego maior é ser como Deus, ainda que bem disfarçado para alguns. Mas Nietzsche foi claro: “eu não posso admitir a existência de Deus se eu não for Deus.

”Somos uma raça teomaníaca, isto é, louca por ser como Deus, autônoma, que se basta a si mesma. Esse é, na verdade, o drama existencial. E foi com esse pano de fundo que Cristo se fez homem, para libertar os homens da sua mania de querer ser como Deus.

Jesus se encarnou com o propósito de desfazer a encrenca do pecado, essa coisa da egolatria e da autossuficiência. Ele se tornou homem para demover a altivez humana e dar-nos uma vida nova, uma vida liberta de nós mesmos. Isso é a Páscoa.

Então, o que a Páscoa? É a libertação do ser humano de sua soberba por meio da obra de Cristo Jesus. O escritor americano A. W. Tozer disse: “a cruz de Cristo é a coisa mais revolucionária que já apareceu entre os homens.” Nela Cristo morre pelos pecadores, mas, também, leva os pecadores, que nEle creem, a morrerem juntamente com Ele.

Assim Jesus Cristo libertou o seu povo da escravidão do egoísmo e da tirania do pecado e pela Sua ressurreição lhe dá uma nova vida. A Páscoa é a celebração dessa vida nova. “A história da Páscoa não terminou com um funeral, mas sim com uma festa.” E alguém somou: “As melhores notícias que o mundo já ouviu vieram de um túmulo vazio.

”Pois o amor de Cristo nos domina, porque reconhecemos isto: um morreu por todos; logo, todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou (2 Coríntios 5.14-15).

Finalizo com W. E. Sangster: “O cristianismo tem um segredo desconhecido tanto por comunistas como capitalistas: como morrer para o eu. Este segredo torna-nos invencíveis.” Feliz Páscoa, povo liberto do cativeiro da incredulidade!

Pr. Glenio Fonseca

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