Quem é o Patrono dos Diáconos Batistas Fluminenses?

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(Pastor Fidelis Morales Bentancôr)

Diácono Jonatas Nascimento

Diácono Fidelis Moraes Bentancôr.

Enquanto atuava com meus pares na reforma do Estatuto e do Regimento Interno da ADIBERJ (Associação dos Diáconos Batistas do Estado do Rio de Janeiro) em meados do ano de 2022 veio à mente a seguinte pergunta: Quem foi Fidelis Morales Bentancôr?

Naquele momento incorporei o meu lado jornalista e fui em busca da resposta. Não foi difícil encontrar Zedir Morales Bentancôr, diácono da Terceira Igreja Batista de Campos, filho do nosso patrono, que com rapidez, presteza e uma redação impecável nos deu o seguinte depoimento:

“Deus tem um propósito na vida de cada ser humano e feliz o homem que, reconhecendo isto, se coloca nas mãos do Senhor para que o plano divino seja concretizado. Foi o que aconteceu com o nosso pai.

Nascido em 28 de fevereiro de 1901, filho do Pr. Antonio Morales Bentancôr e de Felícia Morales Bentancôr, desde cedo sentiu-se vocacionado por Deus para a realização de Sua Obra. Estudou no Colégio Batista Fluminense e no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, tendo concluído seu curso em 30 de novembro de 1923, sendo, logo a seguir, no dia 02 de dezembro, consagrado na Primeira Igreja Batista desta cidade (Campos – RJ), onde, por quase oito anos, exerceu seu primeiro pastorado. Desejando melhor servir à Causa de Deus formou-se, em 29 de dezembro de 1939, na Escola de Direito “Clóvis Bevilacqua.

Como seminarista, por quase cinco anos, trabalhou na Primeira Igreja Batista de Niterói, então pastoreada pelo saudoso Pastor Manoel Avelino de Souza, servindo na Congregação de Neves, hoje, Igreja Batista de Neves. Pastoreou as seguintes Igrejas: Primeira e Terceira de Campos, Primeira e Segunda (hoje Central) de Cardoso Moreira, Parque Corrientes, Nova Brasília, Barra do Itabapoana, Cacimbas, Córrego do Viana, São Fidelis e São Luiz. Exerceu diversos cargos na Denominação servindo às Convenções Batista Brasileira e Fluminense, além de Associações da Região. Foi gerente do Escudeiro Batista no ano de 1928 e Diretor em 1929, 1930 e de 1932 a 1945, e de Diretor do Colégio Batista Fluminense (em duas oportunidades). Empenhou-se na construção de Templos, mas o mais importante foi ser instrumento nas mãos de Deus para que pecadores tivessem um encontro com o Senhor, e exortava os crentes a crescerem na santificação, a firmarem-se na sã doutrina, a colocarem em prática os ensinos de Cristo.

Seu hino predileto, no coro, diz:

“Quero viver para Cristo,

Tudo lhe dedicar;

tudo por Cristo, tudo, tudo,

Quero renunciar”

(300 CC).

Em seus quase 88 anos de vida e 65 de Ministério, o coro acima citado foi uma realidade. Deus ocupava o primeiro lugar em sua vida, era buscado em todos os momentos, sentia a Sua presença e Dele recebia orientação, amparo, sustento e conforto necessários. Homem de fé e convicção inabaláveis, de oração e dedicação à Obra do Senhor, viveu o que pregava, zelava e se preocupava com a sã doutrina e pureza de vida. Estava sempre pronto a ajudar, aconselhar com base na Palavra de Deus. Como pai, foi um exemplo, amoroso, dedicado, conselheiro, amigo de todas as horas, ensinando buscar a Deus em primeiro lugar, confiando e esperando sempre no Senhor, reunindo a família para o culto doméstico, transmitindo aos seus entes queridos o verdadeiro sentido de família. Não só ensinou, mas viveu o que ensinou, zelando pelo amor e união familiar. Como advogado, pelo seu modo de agir, granjeou amizades e confiança, aproveitando as oportunidades para transmitir o Evangelho.

Ficou muito honrado com a homenagem recebida no ano de 1979, em Volta Redonda, dos Diáconos do Estado, por lhe conferirem o título de PATRONO DOS DIÁCONOS BATISTAS FLUMINENSES.

Sempre gostou de participar dos retiros anuais realizados em Rio Bonito, onde se alegrava ao rever e conhecer novos irmãos e fazia a palestra de encerramento procurando ajudá-los no exercício do Ministério Diaconal.

Casou-se com Amorita de Oliveira Morales, em 24 de março de 1924, que o precedeu na ida para os céus, e que foi incansável ajudadora em seu ministério, em especial na visitação as famílias da Igreja. Dessa união que durou pouco mais de 51 anos, nasceram os seguintes filhos: Efildis, Derly, Télio (já falecidos), Adaisa e Zedir, tendo tido a bênção de conhecer 11 netos e seis bisnetos.

Agradecemos, primeiramente a Deus que o vocacionou e o capacitou para o Ministério da Palavra, ajudando-o a exercê-lo fielmente, nunca lhe faltando. Ao final de sua peregrinação terrena pode ouvir: “Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor” (Mateus 25:21). Os nossos sinceros agradecimentos a todos os Diáconos Fluminenses que sempre o trataram com muito amor e distinção, rogando ao Senhor que continue abençoando suas vidas e os capacitando na missão que lhes foi confiado.

A DEUS toda HONRA, GLÓRIA e LOUVOR! Amém”.

Em nome da ADIBERJ, na pessoa do presidente diácono Eduardo Martins, agradeço o diácono Zedir Morales Bentancôr por sua grande colaboração para que fosse possível resgatarmos a história desse grande vulto dos batistas fluminenses, que foi o pastor Fidelis Morales Bentancôr, patrono da ADIBERJ.

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