Diaconia – Um Ministério abençoador

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Foto: Reprodução.

É desta forma que vejo o ministério diaconal. No segundo domingo deste mês comemoramos o Dia do diácono Batista, e como pastor, tenho o privilégio de ter ao meu lado homens chamados por Deus que exercem com esmero e dedicação o ofício diaconal. O diácono, diákonos, antes de qualquer coisa é um servo de Deus e, como servo, coopera com aqueles que se dedicam a oração e ao ministério da Palavra. O médico e historiador Lucas descreve que os diáconos foram nomeados para auxiliar os apóstolos. Enquanto os apóstolos cuidavam da diaconia da Palavra, os diáconos cuidavam da diaconia das mesas. Hernandes Dias Lopes faz uma observação pertinente: “O ministério das mesas não substituiu o ministério da Palavra, nem o ministério da Palavra dispensa o ministério das mesas”.

Por que o ministério diaconal é abençoador e necessário para a vida da Igreja? Quero aqui elencar alguns pontos para a nossa reflexão. Em primeiro lugar, o diácono com sua conduta torna-se modelo para os demais (I Tm 3.8). O apóstolo Paulo diz que os diáconos devem ser homens respeitáveis. Isto implica dizer que no tocante a conduta, são homens íntegros. Como necessitamos de pessoas que sejam para nós modelo, espelho, em que possamos mirar. Na Igreja, não só o pastor, mas o diácono é aquele que com sua conduta ilibada, torna-se padrão para os fiéis.

Em segundo lugar, o diácono, com seu autocontrole, traz apaziguamento nos focos de tensão. Por vezes, no contexto de nossas Igrejas, principalmente nos momentos de assembleia, os ânimos se exaltam, o clima fica tenso, e nesta hora, aqueles que foram chamados por Deus para exercer a diaconia, com temperança, trazem o apaziguamento para a situação. No exercício do ministério, vi de perto diáconos em ação trazendo uma palavra de sabedoria nos focos de tensão. Estes homens experimentados, com discernimento, contribuem de forma abençoadora para a Igreja.

Em terceiro lugar, o diácono ensina que o nosso coração deve estar em Deus e não nas coisas materiais (I Tm 3.8). Paulo diz que dentre as inúmeras características que devem ornar a vida de um diácono, o não cobiçoso é uma delas. O coração do diácono não está posto nas coisas materiais, mas em Deus. O diácono não faz do dinheiro o seu patrão. Ele pode possuir dinheiro, mas não é possuído por ele. Ele pode carregar o dinheiro no bolso, mas não no coração.

Em último lugar, o diácono é alguém que conhece e tem experiências marcantes com Deus (I Tm 3.10). Não é fácil exercer o diaconato – por isso, Paulo diz que estes homens devem ser experimentados. Em outras palavras, estes com a vocação diaconal, devem conhecer a Deus e ter experiências com Ele. Estas experiências com Deus por meio do conhecimento da Palavra e da oração, fazem com que o diácono não seja um neófito, mas alguém maduro em sua fé. Louvo a Deus pelos diáconos da Igreja Batista do Paiva, em São Gonçalo – RJ, que demonstram a cada dia amor a Cristo e pelo ministério.

Por José Manuel Monteiro Jr.

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