A alegria quando Aba diz “sim”

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Sim (1)

E Deus lhe concedeu o que ele tinha pedido. 1 Crônicas 4.10b

Que delícia: fazer o pedido certo à pessoa certa e ter a resposta positiva! É sonho de qualquer um que se dirige a Deus: ser atendido conforme a expectativa. O que aconteceu na vida desse homem chamado Jabez para que Deus lhe concedesse o que tinha pedido? Faço uma leitura bem simples dessa pequena narrativa (1 Crônicas 4.9-10): Jabez aproximou-se de Deus de maneira confiante e sem duvidar, pediu de maneira aberta e genérica e encerou sua oração de maneira humilde reconhecendo suas fragilidades. 

A Jabez não faltou confiança, nem abertura, nem humildade. Aliás, quando um desses elementos não está presente, certamente nossa oração não passará do teto. Assim como Jabez, o Senhor quer escrever a linda crônica de nossa vida de oração com o mesmo final feliz: Deus lhe concedeu o que ele tinha pedido.

Sim (2)

Eis que farei como você pediu. Eu lhe dou um coração sábio e inteligente, de maneira que antes de você nunca houve ninguém igual a você, nem haverá depois de você. 1 Reis 3.12

Imagine Deus aparecendo em sonho para você durante esta noite para lhe dizer: “Peça o que você quer que eu lhe dê.” O que você pediria? 

Ao invés de pedir longevidade, riquezas, vitórias, Salomão pediu sabedoria. Foi sábio antes de ser sábio (risos). Isso agradou profundamente o coração de Deus. Além de lhe dar coração sábio e inteligente, Deus também lhe deu o que não havia pedido, tanto riquezas como glória, de modo que, entre os reis, não houve ninguém semelhante a Salomão durante os dias da sua vida.

Diante dessa linda história, a mesma abordagem é feita hoje por Deus a você: “Peça o que você quer que eu lhe dê”. Qual sua resposta?

Sim (3)

Ele te pediu vida, e tu lhe deste; sim, longevidade para todo o sempre. Salmos 21.4

Você já passou pessoalmente por alguma doença grave? Teve alguém na família que passou ou está passando pelo vale da sombra da morte? Então é para você essa palavra: Jesus venceu a morte! Isso mesmo, isso não é chavão banal, clichê barato, bordão vazio de significado. É verdade: Jesus venceu a morte para todo o sempre!

Muito além da longevidade, Jesus nos deu eternidade. Sabe calcular quanto tempo temos pela frente? Nem eu. Ora, se isso é real, e o é, quando estamos diante do vale da sombra da morte não precisamos temer mal algum, o Senhor está conosco, pois está vivo, está perto, está aqui e agora. Quem crê em Jesus, ainda que morra, viverá eternamente. 

Por isso, nada de desanimar. O impossível já aconteceu. Tudo o que temos pela frente é coisa pequena àquele que é verdadeiramente grande! Ore fervorosamente! Louve antecipadamente! Espere confiantemente!

Sim (4)

Entretanto, Deus me ouviu e atendeu a voz da minha oração. Salmos 66.19

Segundo esse salmo, orações respondidas são precedidas por santidade e seguidas de  de gratidão. Senão, vejamos.

Observe o que declarou o salmista no verso anterior: “Se, no coração, eu tivesse contemplado iniquidade, o Senhor não teria me ouvido.” Entenda que a resposta não é um “prêmio” da santidade, mas uma consequência. Como assim? Deixe-me explicar melhor: imagine alguém que se tornou seu inimigo pedindo alguma coisa a você. Certamente será algo ruim.  Ora, se nosso coração estiver contemplando a iniquidade é porque estamos muito distantes e desconectados do Senhor. Em uma linguagem mais rasgada, nos tornamos seu inimigo. Certamente, nem saberemos o que pedir. Nossas orações tornam-se inapropriadas. 

Observe, agora, o que declarou o salmista no verso seguinte: “Bendito seja Deus, que não rejeitou a minha oração, nem afastou de mim a sua graça.” Seu coração está pulando de alegria, bendizendo, exaltando, agradecendo. 

Por isso, repito a afirmação: orações respondidas são precedidas por santidade e seguidas de gratidão. A oração respondida é diretamente proporcional ao quanto nosso coração está ligado ao Senhor no antes e no depois. 

Senhor, desejo ter esse coração cheio do desejo de viver em santidade e de expressar gratidão em todo o tempo.

Sim (5)

Amo o Senhor, porque ele ouve a minha voz e as minhas súplicas. Salmos 116.1

É bem interessante a experiência que o salmista tem com o Senhor. Sua afirmação não deixa dúvidas de que ele sabia que o Senhor ouvia todas as suas orações. Sua convicção revela um relacionamento maduro e baseado na confiança e fé.

Duas declarações me chamam a atenção. Primeiramente, ele atribui a Deus diversos livramentos: “Pois livraste da morte a minha alma, das lágrimas, os meus olhos, da queda, os meus pés” (Salmos 116.8). Ora, podemos dizer que o salmista fica feliz porque Deus o livra da morte. A segunda declaração, porém, leva o salmista a um outro patamar de confiança: “Preciosa é aos olhos do Senhor a morte dos seus santos.”(Salmos 116.15). Mesmo diante da realidade da morte, o salmista continua percebendo o quanto é precioso aos olhos do Senhor. Ele sabe muito bem que Deus enxerga com preciosidade a morte dos seus santos porque eles viverão para sempre com ele. 

Quer seja no livramento da morte, ou na chegada dela, Deus tem prazer em nos livrar ou em nos levar para si. O salmista resolve em seu coração que a morte não é mais problema. Louvado seja o Senhor em quem sempre,de um ou de outra maneira, temos o sim.

Sim (6)

Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e a quem bate, a porta será aberta. Lucas 11.10

Quem de vocês, sendo pai, daria uma cobra ao filho que lhe pede um peixe? Ou daria um escorpião ao filho que lhe pede um ovo? Jesus traz a  conclusão óbvia à perguntas retóricas: ora, se vocês, que são maus, sabem dar coisas boas aos seus filhos, quanto mais o Pai celeste dará o Espírito Santo aos que lhe pedirem!

Ser cheio do Espírito Santo é o tema abordado por Jesus neste trecho das Escrituras: quem pede recebe, quem busca encontra e a quem bate a porta será aberta. Não estava falando de qualquer pedido, busca ou porta. Mas estava se referindo ao mais elevado privilégio de ter a habitação e plenitude do próprio Deus em nossas vidas. Quem tem plenitude do Espirito Santo tem tudo. 

Que tal intensificar esse pedido? Bora lá: queremos ser cheios de ti, Espírito Santo!

Sim (7)

Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós. Efésios 3.20

O que é grande diante do Criador de todo o Universo? O que é bom diante daquele que faz tudo perfeito? O que é durável diante daquele que é eterno? Fácil perceber porque nosso maior pedido, nosso melhor desejo, nosso mais longo sonho sempre serão infinitamente menores, piores e efêmeros diante de Deus.

Por acaso alguém de nós teria a capacidade de pedir que o próprio Deus deixasse a sua glória, viesse habitar entre nós, nos ensinasse o caráter do Reino e pagasse nossas dívidas morrendo em nosso lugar? Pois Ele pensou. Não só pensou, mas fez. 

Por isso, descanse na verdade de que o que vem do alto para nós sempre estará bem mais elevado do que aquilo que pensamos ou pedimos aqui embaixo. 

Que seu poder opere em nós livremente!

Sim (8)

Na minha angústia, invoquei o Senhor; gritei por socorro ao meu Deus. Do seu templo ele ouviu a minha voz, e o meu clamor chegou aos seus ouvidos. Salmos 18.6

Davi foi um homem que enfrentou o perigo da morte inúmeras vezes. Sua carreira militar começou em “alto” nivel quando enfrentou o gigante Golias. Dali em diante, a lista de enfrentamentos foi de perder as contas. Até quem não era tornou-se seu inimigo: o rei Saul. Apesar de guerreiro habilidoso, aprendeu que sua maior batalha vinha de dentro da alma e sua melhor vitória vinha do alto trono de Deus. Aprendeu a orar com intensidade, a clamar com vigor, a invocar com força, a gritar por socorro. Sua voz era conhecida nos céus. Deus o ouvia com seriedade.

Sua vida nos ensina o caminho para o sim de Deus: coração quebrantado e focado no Senhor!

Sim (9)

Eu disse na minha pressa: “Estou excluído da tua presença.” Mas tu ouviste a voz das minhas súplicas, quando clamei por teu socorro. Salmos 31.22

A expressão “pressa” aqui indica sua agitação no pensar, ânsia no falar e precipitação no concluir. Julgou que seria retirado da presença do Senhor. Não considerou que Deus agiria segundo sua incomensurável graça. É bom que fique muito claro: só fica na presença de Deus quem recebe esse favor. Ninguém tem mérito em si para tal privilégio. 

De repente, percebeu ter sido ouvido. E isso é coisa muito grande. O Todo-Poderoso ouviu sua voz. Seu timbre revelou um coração sincero e verdadeiro quando clamou por socorro. Daí em diante, sua confiança cresceu, seu coração se acalmou, seu caminho desembaraçou. 

Quantas vezes somos assim: diante do silêncio de Deus já vamos concluindo que não somos amados, fomos esquecidos e seremos retirados da presença. Tudo o que precisamos é conhecer e reconhecer o coração cheio de graça de Jesus. Isso nos basta!

Sim (10)

Busquei o Senhor, e ele me acolheu; livrou-me de todos os meus temores. Salmos 34.4

Se tem algo que assola a humanidade são seus medos descontrolados. Nossa insegurança nasceu no Jardim do Éden após o pecado e parece que não quer largar do nosso pé de jeito nenhum. Até certo nível, todo medo tem uma função para nos proteger e trazer segurança. Passado de determinado limite, torna-se fobia que provoca transtornos terríveis em nossa alma, nos relacionamentos, nas decisões, ações e reações. Os estudiosos da psiquê trazem relações intermináveis de fobias existentes nas pessoas. Existe fobia pra tudo que você imaginar, pode crer!

Deus tem um grande prazer em nos livrar do medo nocivo, arrancando-o  definitivamente de nosso peito. Como isso acontece? Essa pergunta vale milhões e foi respondida pelo salmista neste pequeno verso: em sua presença! Isso mesmo, quando o salmista buscou e foi acolhido pelo Senhor foi liberto por completo de todos seus temores. 

Temor é sinal de distância. Serenidade é sinal de proximidade. Assim como uma criança se acalma de seus medos no colo de sua amada mãe, vamos nos lançar nos braços do Pai. Não precisamos mais ser reféns do medo. Fomos libertos para sempre por Jesus!

Sim (11)

Esperei com paciência pelo Senhor; ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro. Salmos 40.1

Não basta esperar, tem que esperar com paciência. Isso é o que o salmista declarou. Esperar pode ser um ato compulsório quando não há mais nada a fazer. Já esperar com paciência indica um posicionamento de confiança. Tem paciência aquele que sabe que o Senhor não perde tempo nem é refém do tempo. Esse tipo de paciência que estamos nos referindo vem da plena convicção de que nosso Pai é Senhor do tempo! Não atrasa  nem adianta. Quando crermos nessa verdade com todo o coração, aprenderemos a aguardar o momento quando Ele irá se inclinar-se do seu trono para dedicar sua atenção preciosa e nos ouvir.

 Ensina-nos, oh Espírito Santo, a esperarmos com paciência! Em nome se Jesus, amém! 

Sim (12)

O Senhor ouviu a minha súplica; o Senhor aceitou a minha oração. Salmos 6.9

Você já chorou diante da presença de Deus? Aquele tipo de choro de desespero normalmente acompanhado de gemidos, lábios contorcidos, olhos que nem conseguem se abrir? Pois Davi chorou assim e deixou registrado: “estou exausto de tanto gemer. De tanto chorar inundo de noite a minha cama; de lágrimas encharco o meu leito. Os meus olhos se consomem de tristeza; fraquejam por causa de todos os meus adversários” (vs. 6-7). 

Mostrar vulnerabilidade neste nível é o que fez de Davi um homem a quem o Senhor se inclinou. Foi considerado segundo o coração de Deus. 

Não segure seu choro sincero diante daquele que pode ouvir sua súplica e aceitar sua oração!

Por Rodolfo Garcia Montosa – Instituto Jetro

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