Ecos da verdade na terra da mentira

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“Paulo, servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo para levar os eleitos de Deus à fé e ao conhecimento da verdade que conduz à piedade, fé e conhecimento que se fundamentam na esperança da vida eterna, a qual o Deus que não mente prometeu antes dos tempos eternos”. (Tito 1.1,2)

Em sua carta a Tito, o apóstolo Paulo, logo de início, fala sobre as metas de seu ministério, que eram promover a fé que é dos eleitos de Deus e o pleno conhecimento da verdade. Promover a fé dos eleitos certamente significa trazê-los à fé ou à conversão, em primeiro lugar, ou conduzi-los na fé depois da salvação. O apóstolo procurou afirmar que seus dois alvos básicos eram: 1) evangelismo: promover a fé dos eleitos de Deus; 2) educação: promover o conhecimento da verdade. Seu ministério é um eco de Mateus 28:20: pregar o evangelho a todas as nações e ensiná-las a guardar todas as coisas ordenadas por Cristo.

Nada é tão certo como a Palavra de Deus, que não pode mentir. A Bíblia diz: “…o Deus que não mente prometeu antes dos tempos eternos” (Tito 1.2). Somente a verdade de Deus pode curar a humanidade aprisionada no cativeiro da mentira. Cada eco da verdade de Deus encontrado na vida de um cristão tem o poder de ajudar os seres humanos a se tornarem “sadios na fé” (Tito 1:13), e libertos do cativeiro da mentira.

Os ecos da verdade de Deus na vida dos CRISTÃOS DE VERDADE (1. 6-9). Paulo percebeu que prisioneiros da mentira precisavam de uma forte e exemplar liderança espiritual para controlar os abusos espirituais que estavam acontecendo. Ele compreendeu também que era necessário muito cuidado para nomear presbíteros plenamente qualificados, pois sabia do poder da influência de um líder em sua comunidade. Assim, ele expõe as condições que exigiam pronta ação para nomear os presbíteros nas igrejas. Os líderes da igreja precisavam ser pessoas integras, e com sólida bagagem doutrinária. Deve-se notar que nada se diz sobre proezas físicas, realizações educacionais, posição social ou habilidade nos negócios. Um varredor de rua ou uma pessoa simples e iletrada podem ser presbíteros qualificados pela boa reputação espiritual. O verdadeiro líder está profunda e vitalmente envolvido na vida espiritual da igreja pelo ensinamento, exortação, encorajamento, repreensão e correção.

O cativeiro dos CRENTES DE MENTIRA (1. 10-13). Um grupo de falsos crentes faz parte da comunidade. São identificados como: “…insubordinados, que não passam de faladores e enganadores” (Tito 1:10). Um dos seus próprios profetas chegou a dizer: “Cretenses, sempre mentirosos, feras malignas, glutões preguiçosos” (Tito 1.12). Essa é uma citação de um filósofo dita 600 anos antes de Cristo. Este filósofo tinha dito isso num poema à Zeus e ali Paulo usou parte dele para mostrar a cultura daquele local. Esta cultura ruim era tão enraizada naquele povo que virou costume da cultura grega se referir a alguém que estava mentindo com a frase “você está cretanizando”. Isso aconteceu nas congregações da ilha de Creta. Eles tinham pervertido casas inteiras.

Para o apóstolo Paulo, somente O EVANGELHO DA VERDADE poderia curar essas pessoas (1.9). Paulo agora acrescenta que essa verdade é segundo a piedade. Isso significa que a fé cristã está em concordância com a verdadeira santidade e é adaptada para conduzir o homem à piedade prática. Firmeza na fé requer pureza de vida. Para o apóstolo Paulo havia e há uma solução para os crentes de mentira: “ – Que seja pregado o Evangelho da Verdade, Jesus Cristo”.

Somente Jesus Cristo, pode levar os escolhidos de Deus à fé e ao conhecimento da Verdade. Somente cristãos de verdade podem contribuir para libertar as pessoas do cativeiro da mentira, tornando-se a cada dia mais os ecos da verdade de Deus, numa terra mentiras.

Que Deus nos ajude!

Pr.  Carlos Elias de Souza Santos.

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