“Irmãos, escolham entre vocês sete homens de bom testemunho, cheios do Espírito e de sabedoria. Passaremos a eles essa tarefa” (Atos 6.3).
No Batista de Ação Social, é muito importante iniciarmos uma reflexão no sentido de lembrar que esta é uma ação que promove a mudança social buscando a resolução de problemas nas relações humanas, bem como a promoção do bem-estar das pessoas.
Analisando cuidadosamente este capítulo 6 de Atos, é particularmente admirável ver a maneira como a liderança e a congregação conseguiram cumprir com suas responsabilidades sociais para com as viúvas e também no trato da questão de contendas entre os membros.
Junto com o crescimento da igreja, sempre virão os problemas. Mas os resultados alcançados após essas dificuldades, que surgem, uma após outra, dependerão das ações da igreja diante dessas graves crises.
Antes destes acontecimentos, na vida Igreja Primitiva, havia unidade entre seus membros – “perseveraram unanimemente em oração” (Atos 2,42); “perseverando unânimes todos os dias” (Atos 2.46); “era um o coração e a alma da multidão dos que criam” (cap. 4.32). Esse registro é para mostrar que toda igreja sempre experimenta momentos de grande estabilidade espiritual.
Mesmo em meio a estabilidade e crescimento, surgiram dissensões no seio da igreja. Houve uma grande murmuração dos gregos contra os hebreus (Atos 6.1). Porque as suas viúvas se encontravam reféns de uma desigualdade no atendimento social.
Diante do grave distúrbio social, foi iniciada uma ação importante e definitiva na solução do problema. Os doze, convocando a multidão dos discípulos (Atos 6.2), estabeleceram as ações prioritárias, e as ações emergenciais capazes de resolver o problema.
Não era razoável deixar a Palavra de Deus e servir às mesas (Atos 6.2). Abandonar ou negligenciar a missão principal da igreja e a sua razão de ser, nunca será razoável.
Dentre as ações emergenciais: “Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões” (Atos 6.3). Esses homens foram convocados para especificamente cuidarem desta tarefa (Atos 6.3).
As ações que foram decididas e a seguir executadas, obtiveram resultados maravilhosos: “Assim, a palavra de Deus se espalhava. Crescia rapidamente o número de discípulos” (Atos 6.7).
Algumas lições podemos tirar deste acontecimento na igreja primitiva: É muito fácil surgirem mal-entendidos entre cristãos e fiéis servos de Jesus Cristo. E as dissensões sempre são resolvidas quando toda a igreja, orientada pelo Santo Espírito, se une em torno dos seus dirigentes, estabelece uma força tarefa capaz de ajudar e atender as necessidades que surgem no meio do rebanho.
Para toda dissensão será necessária uma ação. Que a igreja não se furte ao privilégio de ser um canal de bênçãos para que todas as questões que surjam no seio do rebanho sejam superadas com o envolvimento e com participação ativa de todo o rebanho.
Que Deus nos abençoe !
Pr. Carlos Elias de Souza Santos