Singularidades do Discípulo de Cristo (Sexo no Generosidade – Série VI)

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O Universo todo espera com muita impaciência o momento em que Deus vai revelar o que os seus filhos realmente são (Rm 8.19). Estas foram palavras utilizadas pelo apóstolo Paulo escrevendo aos romanos. Existe uma grande responsabilidade delegada por Deus aos seguidores de seu Filho. Diante de tantos aspectos acerca da sua doutrina, um deles é o exercício da generosidade. O cristão não foi chamado apenas para ter seu nome escrito no livro da vida e andar numa redoma espelhada, admirando sua própria imagem constantemente.

O sentido da palavra “generosidade” possui inúmeras definições, no entanto, será observado nesta reflexão apenas o de se dispor a sacrificar os próprios interesses em benefício de outem. A virtude de uma pessoa generosa não está, necessariamente, atrelada a ser adepta a uma religião. Até mesmo um ateu pode possuir habilidades e dons naturais que o caracterizem como tal. Todo ser humano possui certo grau de egoísmo inerente a sua natureza, uma das consequências do pecado. Não obstante, o que se espera daqueles que tiveram um encontro com o Mestre, são atitudes predominantemente altruístas.

Para determinados cristãos, exercitar a compaixão não é tão difícil, tendo em vista que mesmo antes de se converterem, já eram inclinados a prática de ajudar ao próximo. Em relação a outros, é um desafio constante, uma luta travada entre sua natureza carnal e a ação do Espírito Santo. Para se tornar um aprendiz obediente, o discípulo de Cristo deve compreender que demonstrar amor pelas pessoas vai muito além de pregar-lhes o evangelho. O Mestre jamais deixou de ensinar prioritariamente seus ouvintes sobre o que deveriam fazer para herdar o reino do céu. Entretanto, demonstrava toda sua generosidade, pois, entendia perfeitamente que sua obra deveria ser completa, alimentando corpo e alma/espírito. À semelhança de Cristo, somente seus discípulos estão habilitados a exercer esta virtude no sentido mais profundo.

O mundo pós-pandemia se tornou ainda mais enfermo, em especial, o acometimento de doenças que envolvem diretamente a mente. Os terapeutas têm contribuído sobremaneira, utilizando todo o conhecimento adquirido para prestar auxílio a esses cidadãos. Todavia, por muitas vezes, além dessa ajuda, necessitaremos da intervenção divina. As pessoas estão extremamente carentes, assustadas e desesperançadas. Os relacionamentos, hoje, predominantemente virtuais, não são capazes de suprir as carências por serem frios, sem calor humano, portanto, ineficazes. 

Que o Espírito Santo nos encha de fervor espiritual, ajudando-nos a vencer a indiferença e a frieza que assolam o mundo. Não duvidamos que esta é a vontade do Pai, pois, fomos chamados para cumprir este propósito (Jo 15.16). Então, o que compete a cada um de nós (cristãos) é buscar incessantemente sua face, dispostos a sermos seus instrumentos para glória de Jesus.

Por Juvenal Oliveira Netto
Colunista deste Portal

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