“Pois os que desempenharem bem o diaconato, alcançam para si mesmo justa preeminência e muita intrepidez na fé em Cristo Jesus” (I Tm 3.13).
A graça e a paz do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, meus queridos e amados irmãos. A Convenção Batista Brasileira (CBB) reservou o segundo domingo do mês de novembro para comemorar o Dia do Diácono Batista.
O apóstolo Paulo, ao escrever a carta acima citada, finalizando as orientações bíblicas para o ministério diaconal, afirma que todos os diáconos e diaconisas que realizarem bem o seu ministério vão alcançar para si mesmos intrepidez na fé em Cristo Jesus. Eu fui consagrado no dia 11 de fevereiro de 2011, porém, antes mesmo desta consagração, eu já me sentia um diácono, porque dentro de mim, ardia um grande prazer em servir e creio que também deve ser assim em todas as pessoas consagradas ao ministério diaconal. Ser diácono ou diaconisa é ser servo e temos investido tempo na preparação de pessoas para tal ofício.
Desejo enfatizar alguns erros que devem ser evitados: diácono é servo e não senhor. Em Marcos 10: 45, a Bíblia nos fala que o próprio filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos. 0 Senhor Jesus nos mostrou que Ele, mesmo sendo Senhor, tomou forma de servo. Diante disso, entendemos que a Igreja só tem um senhor e esse chama-se Jesus Cristo.
Não é por status. Muitas pessoas, por falta de esclarecimento, acreditam que o ministério diaconal é meramente um título recebido. Na verdade, precisam ter a consciência que ser diácono, como está na etimologia da palavra, é ser servo e temos que estar prontos para atender todas as necessidades que chegam em nossas mãos.
O candidato ao ministério diaconal tem que ser preparado para o ministério. Outro grande erro que percebemos é que muitas vezes não se preparam pessoas para o ministério diaconal, e isso traz futuras dificuldades, tanto para o ministério pastoral, para toda a Igreja, como também para família do diácono consagrado.
É fundamental investir tempo na preparação desses homens e mulheres ao ministério diaconal; é necessário mostrar e fazer.
Quando lemos Atos 6.1-4 encontramos uma dificuldade instalada naquela Igreja, isso está no versículo 1; já no versículo 2, os apóstolos então dizem que não é interessante abandonar a Palavra para cuidar das mesas. Quando os apóstolos disseram isso, não diminuíram a importância do serviço das mesas, enfatizaram o cuidado com as vidas.
Então, o que era necessário para exercer o ministério diaconal? Boa reputação, ser cheio do Espírito Santo e de sabedoria. Logo à frente, o apóstolo Paulo (I Timóteo 3) aumenta o grau de exigência para o ministério diaconal.
Isso nos faz pensar que o ministério é algo muito importante na vida da Igreja, como também é muito sério.
Agradecemos a Deus por homens e mulheres que primeiramente escutaram de Deus o chamado para o ministério; em seguida ouviram a confirmação através da sua Igreja, do seu pastor, com relação ao chamado ministerial. Louvamos a Deus por pessoas que entregam, verdadeiramente, sua vida para servir as mesas: mesa do Senhor, mesa da família, pastoral e mesa geral. Precisamos sempre lembrar o que diz o hino dos diáconos: “Jesus Cristo nos chamou para os outros ajudar minha vida tem sentido se aos outros eu servir, pois servindo ao meu senhor vou seguir”.
Aproveito o momento para direcionar-me a todos os diáconos e diaconisas pedindo que sirvam no ministério com muita alegria. Olhem sempre para o texto de Colossenses 3.23: “E tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens”.
O meu desejo é que os diáconos se assemelhem a Eliseu, em II Reis 4: observados como um santo homem de Deus. Isso quer dizer que ele tinha uma boa reputação. A minha vontade é que todos sejamos recomendados, assim como foi Febe pelo apóstolo Paulo em Romanos 16. Também quero, desde já, convidá-los para os congressos regionais que acontecerão neste mês. Que Deus em Cristo Jesus vos abençoe.
Jorge Carlos Alves de Souza
Presidente da Associação dos Diáconos Batistas do Brasil (ADBB)