Existem dois fatos que são inquestionáveis com relação aos festejos natalinos: 1) as pessoas conhecem o Natal; 2) as pessoas têm sentimentos diferentes com relação a ele. Como explicar isso? A razão é que existem “diferentes natais”. É preciso, como numa escavação arqueológica, buscar pelo verdadeiro Natal de Cristo.
Há o Natal do comércio, sua face mais externa e visível, cujo personagem principal é Papai Noel. Há o Natal da confraternização, dos encontros e das mesas fartas. Há o Natal da história, que dividiu o calendário em “Antes de Cristo” e “Depois de Cristo”. Há o Natal dos evangelhos, o qual nos faz lembrar de Belém, dos magos, dos anjos e dos pastores.
E há, finalmente, o Natal do Apocalipse. Este se acha descrito nos versículos 1 a 5 do capítulo 12 do último livro da Bíblia. Ali o Senhor revelou o significado espiritual, eterno e cósmico do Natal.Trata-se de um drama com três personagens: A mulher, que é o Israel espiritual (Gl 4.26), o dragão, que é Satanás (Ap 12.9) e o Filho, que é Jesus (Sl 2.7-9).
O nascimento de Cristo representou a intensificação de uma batalha iniciada no Éden (Gn 3.15). O diabo fez de tudo para que Jesus não cumprisse a sua missão, tentando matá-lo através de Herodes, do povo de Nazaré e dos moradores de Jerusalém. Satanás foi, porém, um insuflador derrotado. O Filho de Deus chegou à cruz e se tornou o Salvador dos que creem.
Sendo assim, o Natal do Apocalipse chama a nossa atenção para três verdades: 1) existe um conflito espiritual no universo; 2) a vinda de Jesus definiu o final desse conflito; 3) Satanás e o inferno são realidades terríveis porém derrotadas pelos servos de Deus.
Precisamos ficar atentos! As camadas superficiais do Natal acabam impedindo muitas pessoas de enxergar o seu significado mais profundo. Todos os seres humanos têm a necessidade de reconhecer a seriedade da situação em que se encontram e de receber Cristo como seu único e suficiente Salvador. Essa é a mensagem essencial do Natal.
Pr. Marcelo Aguiar
Colunista deste Portal
