Em meio à crise humanitária e sanitária vivenciada pelo povo Yanomami, a Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) proibiu o proselitismo religioso na região indígena. Na última quarta-feira (1), a portaria da FUNAI e da Secretaria de Saúde Indígenas (SESAI) foi publicada no Diário Oficial da União. Segundo o documento, as autorizações que já estão em vigor e emitidas pela Funai para ingresso na localidade deverão ser reavaliadas pelo órgão indigenista, para que seja resguardada a integridade dos indígenas.
“É terminantemente proibido o exercício de quaisquer atividades religiosas junto aos povos indígenas, bem como o uso de roupas com imagens ou expressões religiosas”, ressalta o texto, que proíbe qualquer atividade religiosa e o uso de roupas com imagem ou de cunho religioso.
Vale salientar que novas autorizações para ingresso em terras indígenas, exceto para servidor federal, estão suspensas até o término da vigência da portaria. Também não é permitida a entrada em terra Yanomami de pessoas com drogas e bebidas alcoólicas ou que esteja apresentando sintomas de consumo desses produtos.
A portaria proíbe ainda a entrada de pessoas com porte de armas em terras Yanomami, com exceção das forças de segurança. É vetada também a distribuição para os indígenas certos gêneros alimentícios ricos em açúcar, óleo e sal.
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, divulgou, na última terça-feira (31), que irá a Roraima na próxima semana acompanhado dos comandantes da Aeronáutica, do Exército e da Marinha para retirar os garimpeiros ilegais das terras indígenas. Segundo ele, se for necessário será utilizado de força. A Aeronáutica divulgou que o espaço aéreo sobre a região da reserva Yanomami está fechado desde a zero hora desta sexta-feira (03).
Fonte: Agência Brasil
