Amar

16

Este verbo está no modo infinitivo. Sabemos que o verbo é algo dinâmico. É ad infinitum, isto é, sem fim, sem li­mites. Só é possível amar incondicionalmente. O nosso enorme desafio é amarmos pessoas que não nos amam, perdoá-las, reconhecê-las e atribuir-Ihes seu altíssimo valor. Como é difí­cil fazer isso! Mas é possível quando somos nascidos de novo, regenerados, seguindo os passos de Jesus! (II Coríntios 5.17; 1 João 2.6). Na verdade, é o que a Bíblia ensina categoricamente.

A todo instante somos tentados a odiar em vez de amar, a rejeitar em vez de aceitar, a guardar ressentimento em vez de perdoar, a cancelar o próximo em vez de guardá-lo ternamente no coração, a ficar amargurados em vez de relevar a ofensa e de não guardar mágoas. A amargura adoece, mas o amar cura.

Amar é caminhar a segunda milha, é atender ao desafeto na sua ferida, na sua dor. Cuidar das feridas como fez o samaritano ao judeu que o odiava. Este estava gravemente ferido, quase moribundo, depois de ter sido atacado por salteadores. Os religiosos – um sacerdote e um levita – viram a situa­ção desesperadora do homem, mas passaram de largo, não se importan­do. Os preconceitos religioso e racial eram maiores do que o amor (Lucas 10.25-37).

Amar não é simplesmente concei­tuar, elaborar uma linguagem poética, filosofar ou ficar só no nível da mente, mas é algo concreto, do coração, que se manifesta em atitudes e atos no dia a dia. Deve ser uma realidade na vivência relacionai. O amor é sublime, pois tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta (1 Coríntios 13).

É muito mais fácil odiar alguém, alijar do nosso convívio, falar mal, maltratar do que amar, receber, falar bem e tratar com honra, respeito e con­sideração. Tudo isso é possível pela vida de Cristo em nós (Gálatas 2.20). Vem pela fé na suficiência de Cristo na cruz e ressurreição. Há dois textos tremendos nos quais devemos medi­tar: Mateus 5.38-48; Romanos 12.9-21.

Não nos esqueçamos: Estar no “Verbo que se fez carne e habitou en­tre nós” (João 1.14) é o segredo de amar.

Pr. Oswaldo Luiz Gomes Jacob
Colunista deste Portal 

Deixe uma resposta