Páscoa: Momento para revisão de vida!

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Para muitas pessoas a Páscoa é mais um feriado de final de semana.

A Páscoa tem suas raízes no judaísmo antigo com o nome hebraico de “Pessach”, uma festa que rememora a libertação do povo judeu da escravidão no Egito. Antes de sua crucificação a última de Jesus refeição ocorreu na festa da Páscoa.

Jesus previu que ficaria no túmulo três dias e três noites (Mt 12.40) e, há uma discussão se sua morte ocorreu mesmo em uma sexta-feira. Há quem coloque sua morte em uma quarta-feira comparando-se relatos dos Evangelhos e o plural da palavra “sábado” no texto grego em Mateus 28.1 que traduzido nos idiomas modernos no singular.

Seja como for, o importante é considerar os significados da Páscoa para hoje.

Jesus previu que ficaria no túmulo três dias e três noites (Mt 12.40) e, há uma discussão se sua morte ocorreu mesmo em uma sexta-feira. Há quem coloque sua morte em uma quarta-feira comparando-se relatos dos Evangelhos e o plural da palavra “sábado” no texto grego em Mateus 28.1 que traduzido nos idiomas modernos no singular.

Seja como for, o importante é considerar os significados da Páscoa para hoje.

Em primeiro lugar, partindo do significado original da palavra “Pessach”, “passagem”. E era isso mesmo que trazia a representação em sua origem, que o povo hebreu estava de passagem pelo Egito em uma fase de sua constituição como nação como um “povo de contraste”, um povo modelo de vida saudável para as nações que viviam afastadas do Plano da Criação com sua idolatria, imoralidade.

Assim essa Páscoa deve nos lembrar que somos peregrinos na jornada histórica em que estamos, a vida é como uma nuvem (Tg 4.13-16) que vai se desvanecendo. Como estamos escrevendo a nossa história? Estamos deixando um legado para as futuras gerações? Somos consumidores da realidade ou participamos de sua construção diária? Temos certeza do futuro de nossa vida quando nossa história finalizar?

Em primeiro lugar, partindo do significado original da palavra “Pessach”, “passagem”. E era isso mesmo que trazia a representação em sua origem, que o povo hebreu estava de passagem pelo Egito em uma fase de sua constituição como nação como um “povo de contraste”, um povo modelo de vida saudável para as nações que viviam afastadas do Plano da Criação com sua idolatria, imoralidade.

Assim essa Páscoa deve nos lembrar que somos peregrinos na jornada histórica em que estamos, a vida é como uma nuvem (Tg 4.13-16) que vai se desvanecendo. Como estamos escrevendo a nossa história? Estamos deixando um legado para as futuras gerações? Somos consumidores da realidade ou participamos de sua construção diária? Temos certeza do futuro de nossa vida quando nossa história finalizar?

Em segundo lugar, temos pensar na atuação de Jesus no final de sua vida logo em seguida da festa da Páscoa. E, neste sentido, a cruz tem sido colocada como o centro da história, no campo da teologia até se menciona uma espécie de “teologia cruciforme”.

Mas há algo mais profundo e completo sobre o que chamo de “evento-Jesus” – todo o significado de sua vinda ao mundo como Filho de Deus. Assim, temos de considerar sua vida como um todo como central para a história, que envolve pelo menos cinco fatos – encarnação como Deus-humano, crucificação, ressurreição, ascensão e sua volta futura na reconstrução de tudo.

A cruz sem a ressurreição ficaria incompleta. O apóstolo Paulo menciona que o Evangelho seria vazio, sem sentido (1Co 15.14, no grego kenos). Paulo ainda nos lembra o profundo significado da morte e ressurreição de Jesus: “pois, sepultados com ele na morte […] para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos […] assim também andemos nós em novidade de vida (Rm 6.4).

Se pensarmos apenas na cruz teremos um herói religioso que morreu, como qualquer um na história. Mas Jesus ressuscitou para nos dar nova vida.

Assim Paulo conecta a ressurreição como impulsora de uma novidade de vida que espelhe nossa transformação que o Evangelho tem. No Sermão da Montanha Jesus se referiu como sermos sal, luz do mundo. Além de sermos salvos nossa vida deverá ser reiniciada à luz dos valores do Evangelho para sermos sal e luz para nosso ambiente de vida.

Que estes dias da Páscoa possam promover uma revisão de vida para deixarmos um legado transformador para as novas gerações.

Pr. Lourenço Stelio Rega – Eticista e Especialista em Bioética pelo Albert Einstein Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa (Hospital Albert Einstein). Extraído da Revista Comunhão.

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