MINISTÉRIO DIACONAL (E BASTA)

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“E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas. Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre esta necessidade. Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra.  Atos 6. 2 a 4.

Biblicamente claro e evidente, nos últimos tempos tem sido motivo de divergência a melhor nomenclatura para designar o ministério do serviço, ou do diaconato, em nossas igrejas batistas. Uns defendem que a melhor nomenclatura é “Junta diaconal”; outros, “Corpo Diaconal”; outros, “Departamento Diaconal”; e outros, “Ministério Diaconal”.

De quando em vez ouço alguém dizer que essa ou aquela nomenclatura deve ser aceita em detrimento de outras pelas mais diversas razões.

Depois de muitos anos resolveram refutar a nomenclatura “Corpo Diaconal”, sob a alegação de que um corpo não pode existir dentro de outro corpo. Mas esse argumento não se sustenta, pois a fêmea dotada de ventre carrega dentro de si outro corpo por todo o tempo de gestação, variando o tempo de acordo com a espécie. Porém, não é por isso que devemos rejeitar a expressão corpo de Cristo, pois quando afirmamos que como igreja somos “o corpo de Cristo”, metaforicamente significa que somos unidos em Cristo, sendo Ele a cabeça. A carta aos Efésios, em seu capítulo 1, versículo 23, lemos que: “a Igreja é o corpo de Cristo; ela completa Cristo, o qual completa todas as coisas em todos os lugares”.  Não é disso que estamos falando. Queremos afirmar, à luz do texto que serve de base para este pequeno artigo, que não enxergamos mais de dois ministérios = Palavra e serviço.  

Acontece que essa discussão passa longe da razão pela qual sequer deveríamos questionar algo tão claro. No capítulo 6 de Atos, podemos identificar os dois ministérios instituídos e que perduram até os dias atuais: Palavra e serviço!

2E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas. Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre esta necessidade. Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra” (Atos 6. 2 a 4).

É certo que é comum hoje em dia vermos em nossas igrejas os mais diversos “ministérios”, tais como música, adoração, educação cristã, consagração, ação social, dança, coreografia etc, mas isso não passa de criação moderna. Não é antibíblico, mas também não é bíblico. Neste caso temos o que podemos chamar de “extra bíblico”.

As igrejas mais atentas que têm adotado múltiplos ministérios bem que poderiam adotar a nomenclatura “Ministério Auxiliar de…”, obviamente à exceção dos ministérios da Palavra e do serviço, biblicamente corretos.

Portanto, fiquemos com a expressão bíblica quando nos referirmos ao ministério do serviço: Ministério Diaconal. Não é junta, não é corpo. Não é departamento.

Dc. Jonatas Nascimento. Membro da Primeira Igreja Batista em Maricá (RJ) – Adiberj Seccional Costa Leste.

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