A idolatria não se resume apenas a uma adoração de ídolos físicos, mas na substituição de Deus por qualquer outra coisa ou pessoa em nossas vidas, como o dinheiro, sucesso, poder, os relacionamentos ou até mesmo o nosso ego. A idolatria é, em essência, uma forma de autossuficiência. Assim como o agricultor precisa da chuva que vem de Deus pra molhar a terra seca, nós também dependemos dEle pra tudo na vida. O Sermão do Monte, quando Jesus fala das bem-aventuranças, é como uma chuva de esperança caindo sobre a terra rachada. E o primeiro a ser chamado de bem-aventurado é o “pobre de espírito”. Mas o que quer dizer isso?
Ser “pobre de espírito” é se reconhecer pequeno diante da grandeza de Deus e saber que, sem Ele, a vida não tem jeito. O coração do pobre espírito é um terreno fértil, sempre preparado para receber a graça de Deus. Ele não se gaba do que tem ou do que faz, mas se entrega de corpo e alma à misericórdia divina. Quem é pobre de espírito sabe que Deus é a fonte de tudo: Ele é quem manda o sustento, dá a paz e consola nas horas de aperreio. A felicidade que Jesus promete aos humildes de coração não depende das circunstâncias, mas vem da certeza de que Deus está no comando de tudo.
Quem é pobre de espírito já sente o gostinho do céu aqui na terra, porque vive debaixo da graça de Deus, confiando nele em tudo. Para cultivar essa humildade, a gente precisa de oração e confiança. Orar é como botar as mãos pra cima, esperando a chuva. É reconhecer que a vida só floresce quando Deus manda Seu favor. Também precisamos meditar na Palavra de Deus, que é como água viva para a alma. Ela nos lembra que somos pequenos, mas Deus é grande e cuida de nós.
Oração
“Pai, assim como o sertanejo espera pela chuva, eu espero em Ti. Reconheço que sou pequeno e dependo da Tua graça. Ajuda-me a ser humilde de coração e confiar em Ti em todas as coisas. Que possamos experimentar o Teu Reino já aqui, vivendo na Tua presença e recebendo da Tua bondade. Amém.”
Por Késsila Pereira da Silva
