A Graça da Generosidade

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“Agora, irmãos, queremos que vocês tomem conhecimento da graça que Deus concedeu às igrejas da Macedônia. No meio da mais severa tribulação, a grande alegria e a extrema pobreza deles transbordaram em rica generosidade” (2 Coríntios 8:1,2).

Vivemos numa sociedade extremamente materialista, facilmente adquirimos um espírito de possuir, ter, preservar c depois guardar o que foi adquirido (Lc. 12.16-20).

Quando passamos a vida adquirindo c desejando coisas e acumulando bens, percebemos que perdemos a cada dia um pouco da nossa alma (Mi. 16.26). Ser generoso, aprender a contribuir, dar e repartir, certamente devem ser as mais eficazes maneiras para combatermos e enfrentarmos todas essas atitudes materialistas.

Um cristão generoso, sabe que a prática do dar, é uma prática bíblica, 6 uma oferta a Deus de uma parle do fruto de nosso trabalho. A graça da generosidade se baseia na convicção de que não tecíamos nada, se Deus não tivesse providenciado os meios para isso. Tudo que temos é uma graça de Deus, uma dádiva de Deus para cada um de nós. O brilho do Sol e a chuva, o fruto e a fertilidade, a força e a saúde, tudo vem de Deus. Nossa oferta espontânea é apenas um reconhecimento muito simples dessa graça.

Quando o assunto é contribuição c generosidade cristã, dois extremos devem ser evitados: 1) Ocultar o tema. Há igrejas que jamais falam sobre dinheiro com medo de escandalizar as pessoas. Há aqueles que ainda hoje pensam que dinheiro é um tema indigno de ser tratado na igreja. 2) Desvirtuar o tema. Há ainda o grande perigo de pedir dinheiro com motivações erradas e para finalidades duvidosas.

No texto de 2 Coríntios 8, Paulo aborda alguns princípios que devem reger a nossa prática de contribuir e ser generoso. A prática de contribuir e ser generoso é uma graça de Deus concedida à igreja (8.1). Paulo ensinou à igreja que contribuir é um alo de graça (8.1,4,6,9,19;9.14). Ele usou muitas palavras diferentes para referir-se à oferta, mas a que emprega com mais frequência é graça. Paulo dá testemunho à igreja de Corinto sobro a graça da contribuição que Deus concedeu às igrejas da Macedônia (Filipos, Tessalônica e Beréia).

O propósito do apóstolo ó estimular a igreja do Corinto, que vivia numa região rica, a crescer também nessa graça, uma vez que a generosidade dos macedônios, que viviam numa região pobre, era uma expressão da graça de Deus cm suas vidas. A igreja, do Corinto estava aparelhada de várias graças, mas estava estacionada no exercício da graça da contribuição.

A prática do contribuir c ser generoso demonstra que circunstâncias difíceis não são uma desculpa para deixar de contribuir. (8.2). Os crentes da Macedônia enfrentavam tribulação e pobreza. Eles eram perseguidos pelas pessoas e oprimidos pelas circunstâncias. Eles oram pressionados pela falta do quietude o pola falta de dinheiro. Essas duas situações adversas, entretanto, não os impediu de contribuírem com generosidade e alegria, “Porque, no meio de muita prova de tribulação, manifestaram abundância de alegria |…|” (8.2).

O falo é que: “|…| a profunda pobreza deles superabundou em grande riqueza da sua generosidade” (8.2b). Os macedônios não ofertaram porque eram ricos, mas apesar de serem pobres. Eles eram pobres, mas enriqueciam a muitos: nada tinham, mas possuíam tudo (6.10).

Eles não deram do que lhes sobejava, mas apesar do que lhes faltava. A extrema pobreza deles os impulsionou a serem ricos em generosidade. Eles eram generosos, embora fossem também necessitados.

A conclusão do ensino de Paulo é bem simples, contribuir, ser generoso, é uma graça de Deus concedida à igreja, e por conseguinte, quando experimentamos a graça de Deus em nossa vida, não usamos as circunstâncias difíceis como desculpa para deixar de contribuir. Que Deus por sua infinita graça nos faça cada vez mais generosos.

Que Deus por sua infinita graça nos faça cada vez mais generosos.

Pr. Carlos Elias

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