Como poderemos responder sim, se o salmista diz que tem uma duração, um prazo de validade e o que passar disso é canseira e enfado? (Sl. 90:10) Mas o que é isso? Canseira e enfado! É uma sentença? É uma condenação? No versículo 8, os sofrimentos e dificuldades na velhice têm uma relação direta com as “faltas e coisas ocultas”. Faltas e coisas ocultas adoecem o espírito. Fazem separação entre nós e nosso Deus. E esta separação causa sofrimentos e lutas. Este distanciamento do Senhor é a causa da nossa infelicidade. O versículo 14 nos mostra outra possibilidade de envelhecer. Envelhecer de forma saudável.
A reaproximação do Senhor é reveladora. Revela nossas faltas; revela também a brevidade da nossa vida “Porque tudo passa rapidamente e nós, voamos” (v. 10). Revela, finalmente, que os anos passados longe da face do Senhor são anos de pesar. Notadamente há uma relação de causa e efeito entre as minhas escolhas hoje e minha qualidade de vida na velhice.
O intervalo entre o nascimento e a morte é muito curto: “Nós voamos”(v.10).
É exatamente porque os nossos dias são poucos que devemos contá-los.
Temos de aproveitar cada oportunidade, celebrar cada vitória, corrigir cada desvio de rumo. Então o que devemos fazer? Orar ao Senhor como o salmista, por um coração sábio. V.12.
Qual é a duração da nossa vida?
Quer durem poucas semanas ou várias décadas, a nossa passagem por esse mundo será sempre muito rápida. O Salmo 90 diz que a existência humana é “como um sono”. Além de breve, a vida é frágil. É delicada “como a relva que floresce de madrugada; de madrugada, viceja e floresce; à tarde, murcha e seca” (v.5-6). Não há lugar para arrogância, prepotência. A verdade é que nos equilibramos sobre o fio frágil da existência, que não sabemos quando irá se romper.
“Que é a vossa vida? Sois apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa. Em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos como também faremos isto ou aquilo” (Tg. 4.13-15).
Como viver de modo a alcançar coração sábio? Vivendo segundo os padrões de Deus; ter o temor do Senhor; respeitá-lo e obedecê-lo (Pv 25:17); se distanciando de pessoas que vivem dissolutamente e querem arrastar outros aos prazeres que desonram a Deus (Sl. 1; Pv. 25:21-22); controle os pensamentos, trocando as ideias humanas pelas divinas (Pv. 4.23; Fl.4:8); ter o devido cuidado para não dar ouvidos às fontes erradas (Pv. 25:19-22); jamais esqueça que a nossa vida é breve e que a ira de Deus está acesa contra os pecadores impenitentes. (Sl. 90:12; Pv. 1:7; Ef. 5:15-16; Cl. 4.5).
Pr. João Luiz Vieira
