Político cristão que não representa os valores do cristianismo é um traidor da fé

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Sempre que me questionam sobre o motivo de eu ter entrado na vida pública, aceitando debater assuntos políticos mesmo já sendo uma profissional realizada, faço questão de dizer que o maior motivo se deve ao meu compromisso com os valores da fé cristã.

Isso não significa que eu defenda a imposição do cristianismo como religião ao Estado, mas sim que, como cristã, tenho a obrigação de fazer o máximo possível para que os valores da minha fé tenham representatividade. Ou seja, que eles falem através de mim, das minhas ideias e atitudes.

O político é um representante da sociedade, especificamente do povo que o elegeu. É perfeitamente legítimo esperar que ele, como agende público, defenda os interesses daqueles que confiaram nele o voto de representação.

Se eu sou cristã, evangélica, conservadora, pró-vida, e tenho a chance de representar esses valores através de ações com maior alcance público através da política, para mim isso também é um meio de testemunhar a minha fé. É também uma forma de ajudar pessoas, fazendo uso da máquina pública para promover a vida, segurança, educação, justiça e prosperidade através das lentes do cristianismo.

Por outro lado, vemos que muitos políticos que se dizem cristãos são traidores da fé, porque eles não se posicionam quando a sociedade mais precisa. Dizem que acreditam em Deus, mas não se levantam para defender os nossos valores quando somos atacados. Que espécie de cristão é esse, que se cala diante dos absurdos do mundo?

O silêncio dessas pessoas ajuda a prosperar o ódio que muitos têm contra nós, cristãos atuantes, porque eles enxergam na inércia dos omissos um terreno fértil para avançar contra tudo o que acreditamos.

O evangelho de Jesus não é política e é com ele que nós, cristãos, devemos ter o maior compromisso, acima de qualquer outra coisa. Na vida pública o respeito às diferenças é primordial, mas tudo o que para nós é inegociável precisa ser defendido com unhas e dentes, como a liberdade de expressão, crença, consciência e culto, conquistas tão caras para a sociedade ao longo de gerações.

Se é para se omitir e calar, melhor que não seja cristão. Melhor que não entre na vida pública, pois o cristianismo não é uma fé que atravessou milênios nas mãos de covardes, mas de homens e mulheres que até perderam suas vidas por amor a Jesus. Os mártires exigem de nós o compromisso com a verdade, custe o que custar, e isso não é uma questão de escolha, mas de obrigação!

Por Marisa Lobo – Psicóloga, especialista em Direitos Humanos e autora dos livros “Por que as pessoas Mentem?”, “A Ideologia de Gênero na Educação” e “Famílias em Perigo”.

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