Um motivo para orar

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Temos tantos! Por que mais um? Oramos por um ano melhor, um tempo menos perverso que este, um ano de refrigério! Oramos por saúde, por emprego, por um governo correto, por chuvas no tempo certo, por dinheiro no bolso. Oramos pela viagem, pela decisão, oramos pelo pai, pela mãe,pelos filhos, pelo amigo. Qual seria o tal motivo?

Por incrível que pareça o motivo não é novo; contudo, ele não faz parte de 99% de nossas orações durante o ano. Por mais importante que ele seja nós não o reputamos por importante. Aliás, nem sequer notamos que de fato seja necessário. Fomos acostumados a não orar por isso. Cremos que isso é algo que já foi suprido. Mas quê! Sem isso na base não há felicidade eterna!

Orar pela conversão a Cristo!

Sim, orar para que alguém especificamente venha a conhecer a Cristo como Senhor e Salvador. Orar por vidas transformadas. Orar pelo novo nascimento espiritual de pessoas que conosco convivem. Orar pela conversão dos filhos, dos pais, dos netos, dos amigos, dos conhecidos. Orar pela conversão dos políticos, dos atores, dos capitalistas, dos militantes, dos guerrilheiros, dos criminosos, dos cléricos, dos leigos. Orar para que sejam salvos. Orar para que sejam transformados!

Temos sido recebidos nas igrejas como quem nasceu de novo, como quem já faz parte do Reino de Deus. Colocam-nos na frente da batalha, no grupo de obreiros, nos conjuntos, nos departamentos, nos projetos, mas muitos sequer conhecem ao Senhor no coração! Há muitos inconversos nas plataformas dando mal testemunho! Essa prática não tem a aprovação de Deus, pois Ele requer arrependimento de pecados e fé exclusiva em Jesus Cristo antes de qualquer coisa. Não há salvação sem isso! Temos sido acostumados ao mundo gospel, ao mundo evangélico, aprendemos a falar o “crentês”, pegamos os vícios religiosos comuns, mas não conhecemos ao Senhor de verdade! Este é o grande motivo pelo qual as nossas igrejas estão repletas de membros, de músicos e de pastores inconversos, que promovem escândalos ao evangelho e trazem tanta vergonha ao nome do Senhor! Hoje o dia-a-dia das igrejas tornou-se público, tornou-se motivo de chacotas, de denúncias, de notícias de televisão. E tudo porque enchemos as igrejas de gente inconversa!

Nossos pais que frequentam a igreja não estão salvos se não se arrependerem de seus pecados e crerem exclusivamente em Jesus Cristo. Nossos filhos não entrarão no céu com um bilhete assinado por nós. Eles perecerão no Inferno se não forem transformados em novas criaturas! Nossos amigos que assistem a lives e a transmissões não são “a comunidade”, se não tiverem autêntica fé em Cristo. Por essa razão é que encontramos tantos líderes evangélicos fazendo tanta bobagem: eles não conhecem ao Senhor! Conhecer ao Senhor significa fazer a Sua vontade. E a vontade de Deus é que se convertam. Nestes tempos de pandemia estão transformando a CEIA DO SENHOR em BANDEJÃO DE JESUS: alguém num vídeo “santifica” os elementos à distância e, em casa, o pessoal se serve do que tiver à mão: cerveja no lugar do vinho da Ceia, pizza no lugar de pão, e toda a família a participar do evento. Sem conversão qualquer coisa serve, não é mesmo?

Paulo desejava a salvação de seu povo judeu: Irmãos, o bom desejo do meu coração e a oração a Deus por Israel é para sua salvação. (Rm 10:1).

Jesus mandou o ex-endemoninhado libertado em Gadara voltar para casa e testemunhar à sua família, levando-os à conversão: Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez, e como teve misericórdia de ti. (Mc 5:19).

O Senhor ordenou aos Seus discípulos que testemunhassem para que outros se convertessem a Ele: E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. (Mc 16:15)

Permitam-me uma palavra particular. Jesus converteu-me em 1980, quando eu tinha 14 anos. O evangelho não existia em minha casa; apenas a religiosidade romana. Fui perseguido ferrenhamente, uma vez que tornar-me cristão evangélico era uma afronta aos meus pais. Com serenidade, oração e temor de Deus apresentei-lhes o caminho da vida. O Pr. Timofei Diacov, usado pelo Senhor explicou-lhes o que eu, um neófito, não conseguia fazer com clareza. Os meus pais entenderam a Palavra, bem como viram em minha vida uma diferença substancial e decidiram entregar os corações a Cristo. Primeiro foram  meu irmão e o meu pai. Depois a minha mãe. E então chegou a minha irmã adotiva, já convertida. Assim, tive a alegria de vê-los salvos pelo Senhor. Hoje sou casado com uma mulher segundo o coração de Deus e tenho três pequeninos filhos. A minha filha já entende a Palavra do Senhor. Os meus outros dois menores não. Mas eles serão conduzidos um a um aos braços de Jesus. Não posso convertê-los, mas posso orar por eles, evangelizá-los e ensiná-los nos caminhos de Cristo. Essa é a minha prioridade. E sei que o Senhor me dará este privilégio! “Eu sei que verei a bondade do Senhor na terra dos viventes!” (Salmo 27.13) Eu não troco por nada o privilégio de vê-los salvos por Cristo!

Que tal passarmos a orar pela conversão das pessoas que estão ao nosso redor? Isso se já somos, de fato convertidos a Cristo. Se quem me lê ainda não tem a sua salvação em Cristo, agora é a hora de se converter. Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida. (Jo 5:24).  “Eis agora o Dia da Salvação” (2 Coríntios 6.2).

Já fez sua lista com os nomes das pessoas pelas quais haverá de orar até que se convertam a Cristo? Faça. E que Deus lhe abençoe.

Pr. Wagner Antonio de Araújo
Colunista deste Portal

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