Em minhas leituras ainda jovem, sempre chamou à minha atenção, as empolgantes e ricas narrativas feitas no livro dos Atos, pelo médico amado, Lucas.
Narram os primeiros e vigorosos passos da igreja cristã nascente e suas múltiplas experiências, guiados pela intensidade, plena presença e clara manifestação do poder do Deus trino, e agora, cumprindo a promessa de Jesus, sob a égide abençoadora do Espírito Santo.
A crucificação, morte, ressureição e ascensão de Jesus aos céus, chancelavam e revigoravam a mensagem que, a partir da promessa feita à Belém Efrata, o mundo teria um novo Senhor, Jesus. Miquéias 5:2.
Oh glória!
Registram com fidelidade as lindas experiências de uma igreja sensível aos seus desafios, crentes irmanados, partilhando momentos de alegrias, dores, vitórias, perdas, anseios, paz e, em amor, solidária com as carências do povo, erguendo seus olhos e corações para Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até os confins da terra. Atos 1:8.
Ainda sob a impetuosa presença e plena iluminação do Espírito Santo, segue a igreja nascente anunciando a palavra do Senhor, valendo-se, naquela oportunidade, de maciça presença de homens e mulheres das mais diversas nacionalidades, para participarem de históricos eventos cívicos e religiosos em Jerusalém. Atos 2:1-13.
É nesse ambiente cosmopolita e de grande e inquietantes indagações, que o apóstolo Pedro, agora pescador de homens, prega, histórica e libertadora mensagem de arrependimento, batismo, remissão de pecado e recebimento do dom do Espírito Santo.
Sublime aquele dia do Senhor, cujos impactos nos chegam até hoje, sendo ali alcançadas, para o Senhor Jesus, quase três mil almas. Atos 2:14-41.
Creio, ter sido naquele dia, plantada pelos cristãos à época, a semente emblemática da visão missionária, que tem acalentado nossos corações, tão bem expressa em nossos dias do avançar da igreja, que proclama: “…até que Ele venha.
Oh glória!
Seguem os seguidores de Jesus, diante de tantas manifestações reveladores da presença e apoio divino, em constante oração e fidelidade ao IDE de Jesus, anunciando a palavra, atendendo a carentes do corpo e da alma, em casas, sinagogas, templos, nas praças e palácios.
Era o poderoso vento do Santo Espírito soprando em favor do Evangelho.
Aleluia!
Crescendo a igreja em amor, conhecimento e fiéis, surgem as novas e inadiáveis necessidades, especialmente no fortalecimento e liberação de tempo, daqueles que servem no apostolado na pregação da Palavra. Atos 6:1-4.
É nesse cenário de compaixão, plenitude do Espírito do Santo e forte desejo de assistir aos necessitados – viúvas e órfãos, que são separados sete homens, cheios do Espírito Santo, para cuidarem, em atitude de diaconia, dos que são do caminho. Atos 6:1-7; 23:13-16.
Eram servos do Senhor Deus e agora, também, em honra, servos dos demais servos fiéis, em perfeita harmonia e unidade, buscando promover a paz, junto a todos, especialmente, aos carentes e vulneráveis.
Aleluia!
Conduzia o Santo Espírito as decisões e caminhar daqueles servos, para em atitude de amor e paz, passaram a exercer com dedicação, o que veria a ser intitulado “Mesas”, com desdobramentos no assistir aos necessitados, Ceia do Senhor e amor e cuidados com aqueles que velam pelas nossas almas, o pastor da igreja. Hebreus 13:17.
A Diaconia, que ao longo da história do povo de Deus vinha sendo realizada, agora como suporte da paz e desejado apoio a expansão da igreja, se consolidava.
Esse belo espírito de paz e cuidados têm dirigido a Diaconia em seu abençoador caminhar, havendo, contudo, em pontuais momentos, uma visão distanciada da missão de ser “servo dos servos”.
Essa atitude contraria o ensinamento bíblico, pode causar dores, sofrimentos, dissenções, mágoas desnecessárias, além de tirar a paz almejada e do olhar de avanço da missão da igreja.
Nisso pensai.
Espelhados nos registros bíblicos feitos acerca Diaconato, é possível aduzir, que as menções encontradas no livro de Atos, 6:1-7, indicam as finalidades responsabilidades e as qualificações necessárias na dimensão espiritual e morais e sociais.
Desembaraçar os pastores na ministração da palavra, promover a paz e a concórdia na igreja devem ser metas do diaconato.
Afora, a busca do bem-estar dos crentes de modo geral, dar testemunho eficaz de vida cristã e, ajudar a liderança em geral.
No que diz respeito as qualificações espirituais, destaque para: ser crente verdadeiro; plenitude do Espírito Santo, sabedoria divina e, com expressa atitude de fé.
No tocante as qualificações morais e sociais, alerta o menor dos apóstolos, em sua epístola ao seu filho na fé – I Timóteo 3:8-13, como vemos: Sério (3:8a) – Digno, palavra respeitada; Sincero (3:8b); moderado (3.8c), altruísta (3.8d); experimentado (3:10ª); honesto (3:9); irrepreensível (3-10b); monogâmico (3.12a) e líder (3:12b).
Todo esse balizamento cristão do diaconato segue uma lógica de amor, servidão e avanço do evangelho no mundo inteiro.
Nesse segundo domingo de novembro, quando a família batista brasileira celebra em gratidão, o DIA DO DIÁCONO BATISTA, louvamos pelas vidas desses homens e mulheres que com amor, dedicação e integridade, têm servido às mesas.
Que em servidão, haja paz na terra, a começar em cada Diácono.
Atentando de coração para as palavras de Jesus, que asseveram: “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus
Parabéns, Diáconos e Diaconisas Batistas!
Dc. Lyncoln Araújo