Renúncia e satisfação

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Renunciar é exercício obrigatório na caminhada cristã. Muitas vezes abrir mão significa se libertar e amadurecer espiritualmente. No entanto, renunciar possui regras e medidas próprias. Há pequenas renúncias que são como terapêuticas doses homeopáticas; há outras que doem intensamente e nos fazem sofrer durante anos.

Durante a vida na igreja a renúncia é ferramenta obrigatória para a saúde do relacionamento com nossos irmãos e com Deus. Quando saber a hora de renunciar?

A autossatisfação é a irmã má da renúncia. Sobretudo quando a autossatisfação mira a derrocada de algum irmão, ministério ou líder. Abrir mão em prol do próximo, na medida correta, reflete diretamente na maneira que nós, enquanto corpo de Cristo, convivemos e prestamos culto.

Na palavra de Deus encontramos níveis diferentes de renúncia. Em Mateus 19.29 a renúncia envolve um dos nossos bens mais preciosos: a família. Em Romanos 12.10 envolve a honra. No capítulo 9 de Coríntios Paulo abre mão do sustento do seu trabalho para não atrapalhar a pregação do evangelho. E em João 3.16 existe a maior renúncia de todas: O filho de Deus vem ao mundo salvar o que se havia perdido.

É por isso que a renúncia dói. Ela obrigatoriamente nos afasta de algo que nos dá prazer. Em compensação, a renúncia, quando realmente sacrificial, nos impele para Cristo. Abrir mão do que nos dá prazer em prol do evangelho aponta para Deus, e a dor que existia agora se converte em benção e satisfação. Examine hoje mesmo se você tem renunciado coisas em prol do Reino de Deus, do seu relacionamento com a igreja e com os membros do seu ministério.

Ore comigo:

“Deus imanente, Estás perto do teu povo guiando-o para Ti. Nesse trajeto, quanta bagagem queremos carregar. Ajuda-nos! Dá-nos a compreensão que devemos deixar tudo pelo tudo que Tu és. Que esqueçamos nossa carne. Ajuda-nos! Que deixemos os caprichos. Ajuda-nos! Que sejamos alegres ao nos deleitarmos em Ti. Suplicante pedimos: ajuda-nos. Em nome de Jesus, amém!”

Pr. Abner Ferreira

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