Por que romper o ano na igreja?

1592

Conquanto não seja um mandamento, o famoso “culto da virada” passou a fazer parte do calendário da maioria das igrejas; e de acordo com pesquisas recentes, romper o ano reunido com sua congregação é a opção preferida dos crentes. É bem verdade, entretanto, que nem todas as igrejas observam essa prática. Algumas optam por não realizar esse tipo de celebração, e incentivam os membros a comemorar com suas famílias. Mas, mesmo assim, há quem busque outra igreja para passar a “virada do ano”.

Mas, por que é tão importante passar os últimos momentos do ano no templo da igreja? Bem, a passagem de um ano para outro, embora não aconteça no mesmo momento em todos os países, é uma ocasião importante nas mais diversas culturas. Porém, desde a antiguidade, misticismo, orgias e bebedeiras fazem parte dessa celebração. Os cristãos genuínos, por outro lado, nunca abraçaram esse tipo de conduta. Afinal, como diz a Sagrada Escritura, isso fazia parte de nossa antiga natureza (1Pedro 4.3). Logo, jamais celebraríamos o início de um novo ano num ambiente que congrega embriaguez e promiscuidade. Além disso, seguindo o preceito bíblico de dar graças por tudo (1Tessalonicenses 5.18), é muito mais saudável que nos reunamos como igreja para agradecer ao Senhor pelo ano que se encerra.

Sabe-se, no entanto, que muitos veem a “virada” como um momento mágico, no qual o destino pode ser definido; basta fazer a coisa certa: usar roupa branca, pular sete ondas, se equilibrar apenas no pé direito, brindar com champanhe etc. Essas práticas estão presentes nas mais diversas reuniões. Lamentavelmente, até entre os evangélicos existem pessoas apegadas a essas crendices.

Contudo, como falamos acima, o momento da “virada” é determinado pelo tipo de calendário que cada povo utiliza. Alguns usam o calendário solar, outros o lunar, e ainda há quem opte pelo lunissolar. Isto é, enquanto celebramos o fim do ano no mês de dezembro, os judeus já o fizeram em setembro, os muçulmanos em outubro, e os chineses só o farão em fevereiro. Ora, como pode ser um momento “mágico” visto que não se trata de uma data universal? Não é um ponto fixo no tempo! Ademais, dias mágicos não existem! Essa crença é estranha ao ensino das Escrituras Sagradas. Todos os dias são iguais e foram feitos pelo Senhor: “este é o dia que fez o Senhor; regozijemo-nos, e alegremo-nos nele” (Salmo 118.24).

Decerto, não há nenhuma relação entre o misticismo popular e a tradição de romper o ano na igreja. Por conseguinte, quem opta por reunir-se com sua igreja nessa ocasião, não deve esperar receber uma “bênção especial” simplesmente por estar ali e não em outro lugar. Na verdade, o “culto da virada” nada mais é do que a expressão de nossa gratidão e amor ao nosso Salvador, e uma demonstração pública de que rejeitamos os elementos da celebração secular (bebedeira, misticismo, promiscuidade).

Portanto, aproveite essa data para convidar sua família e amigos para experimentar um reveillon diferente, com a igreja do Senhor. Deixe os fogos pra lá! Vamos cultuar juntos! Com certeza, será muito mais edificante!

Deus o abençoe!

Pr. Cremilson Meirelles

Deixe uma resposta