Nos diversos relacionamentos existentes entre os humanos podemos traçar um paralelo com a função do ímã. Assim como esse corpo gera um campo magnético ao seu redor capaz de aproximar ou repelir objetos de ferro, do mesmo modo, existem pessoas que possuem a capacidade de atraírem ou repelirem outras para o relacionamento por sua maneira de proceder.
Onde houver um indivíduo, ali estará um ser imperfeito ou em aperfeiçoamento, no entanto, eventualmente nos deparamos com gente que abusa na dose. Pessoas de difícil relacionamento que podemos descrevê-las como “controversas”, pois, as suas atitudes normalmente causam rejeição ou repulsa naquelas que estão a sua volta. Como identifica-las? Elas discordam de tudo e de todos; onde chegam, criam discussões acaloradas e sempre acreditam estar com a razão, ou seja, se sentem donas absolutas da verdade. Vivem insatisfeitas e reclamam sempre, não há, absolutamente nada, capaz de satisfazê-las. Possuem postura de predominância negativa, um simples resfriado para elas já pode ser um indício de câncer de pulmão. O grau de egoísmo é tão elevado que nos seus diálogos, gastam todo o tempo contando vantagens ou falando dos seus próprios problemas, no entanto, ignoram ouvir qualquer coisa acerca do outro, e, pior ainda, se for alguma notícia boa. Desconhecem a palavra “diálogo”, pois, em suas conversas, falam sem parar e não deixam a pessoa mencionar uma só palavra sequer; dizer-lhes que você está com pressa é o mesmo que tem todo o tempo do mundo para ouvi-las. Insistem em falar sempre sobre os mesmos assuntos e repetir as mesmas histórias dezenas de vezes. Se alguém se identificou com duas ou mais características supramencionadas, a luz vermelha deve ser acesa. Até porque a pessoa que age dessa maneira acaba sendo a principal vítima. Quantas delas não acabam isoladas e abandonadas por amigos e familiares? O grande dilema é que elas custam a perceber o comportamento enfadonho que possuem, mas, é possível sim, mudar essa realidade.
A primeira coisa a fazer é reconhecer a deficiência e querer mudar. Jesus tinha o hábito de perguntar para o enfermo o que ele queria receber antes de cura-lo, ainda que fosse o obvio (Mt 20.32; Lc 18.41). Ninguém será curado ou aperfeiçoado a menos que reconheça primeiro que necessita. O segundo passo é desenvolver sua capacidade de exercer o domínio próprio. Na verdade, todos os seres humanos lidam com esse desafio de dominar suas emoções, impulsos ou controlar seus atos em alguma área específica de sua vida. No entanto, nem todos conseguirão êxito sem receberem ajuda de outrem. Para essas, resta-lhes partirem para o terceiro passo, buscar ajuda. Um bom terapeuta pode diagnosticar e auxiliar essa pessoa, inclusive, se for observada alguma patologia, encaminhá-la para um médico especialista.
Consequentemente, temos boas notícias para aqueles que tenham porventura se identificado com tais particularidades. Existe um médico excelente que transformou a vida de milhares e milhares de pessoas no decorrer da história. Jesus, o Carpinteiro de Nazaré, tem poder para tratar nossas excentricidades desde que estejamos conscientes quanto a necessidade de mudança e dispostos a sermos devidamente tratados. Que sejamos solução e não um problema para a vida daqueles que nos cercam. Nos ajude, Senhor, na árdua missão de nos tornarmos seres humanos melhores a cada dia.
Por Juvenal Oliveira Netto
Colunista deste Portal