Ótima Notícia? Qual?

1728

Acharam um remédio que cura o COVID 19? Conseguiram, enfim um antídoto? Ou as vacinas prometidas são verdadeiramente eficazes? Elas serão distribuídas fartamente para todos? Elas não possuem elementos nocivos à humanidade?

Ou será que já podemos retirar as máscaras e nos reunirmos com aqueles a quem amamos? Já podemos caminhar pelas ruas a sentir o vento em nossa boca e nariz, sem o desconforto desses estorvos incomodantes? Podemos ir aos restaurantes, aos shopings, aos clubes, às piscinas?

Já podemos fazer a viagem de férias tão sonhada e adiada? Podemos ir às águas quentes de Caldas Novas, às praias de Natal, ao Jalapão, às serras gaúchas, às praias paradisíacas do Rio de Janeiro? Podemos visitar os familiares distantes? Podemos ir de ônibus, de avião, de barco, em caravanas?

Ou será que as aulas presenciais voltaram com toda força? As escolinhas infantis reabriram? As faculdades voltaram a ter aulas presenciais? Já podemos dar sequência ao nosso curso sem essa incômoda sensação de cano estragado dos áudios e dos vídeos cortados das lives?

Os cultos já podem ser celebrados com cem por cento da capacidade? Podemos voltar aos ensaios dos corais, dos conjuntos, das orquestras? Poderemos fazer acampamentos? Já é possível fazer festa? O casamento, enfim, poderá fazer a recepção? E os aniversários? As convenções estão de volta? Podemos sentar juntos de novo?

Quisera que fosse assim! As boas notícias não se relacionam com nada do que escrevi acima. Infelizmente não acharam um remédio eficaz contra essa praga. Também não há vacinas para todos, nem a sabedoria de estadistas para driblar as dificuldades e tornar o acesso à saúde um direito a todo cidadão. Não podemos fazer viagens, lotar praias, fazer festas, ter cultos presenciais lotados ou levar as crianças às escolinhas. Nós ainda estamos confinados, conquanto um grupo considerável de pessoas ignore isso, exibindo, com isso, o minúsculo tamanho de seus cérebros. Estamos numa pandemia monstruosa, silenciosa e duradoura. E o ano de 2021 não trará a solução do problema logo no início. Talvez ainda sigamos por vários meses num compasso de subidas e descidas, aclives e declives. A esperança é chegarmos ao final com os sinais evidentes de fim da grande tempestade do século.

E as boas notícias? Há alguma? Sobrou alguma boa-nova para compartilhar neste mundo tenebroso?

Sim! Sobrou! Aliás, é a única que fica quando todas as outras vão embora.

Já dizia isso o profeta Habacuque, em seu capítulo 3:

Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado;

Todavia eu me alegrarei no Senhor; exultarei no Deus da minha salvação. O Senhor Deus é a minha força, e fará os meus pés como os das cervas, e me fará andar sobre as minhas alturas. (Habacuque 3:17-19)

Foi sobre isso que o Apóstolo Paulo falou, quando agradeceu ofertas recebidas por parte de uma igreja, num momento em que não tinha quase nada para sobreviver:

Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade.

Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece. Todavia fizestes bem em tomar parte na minha aflição. (Filipenses 4:12-14)

As boas-novas de que falo são superiores ao bem estar momentâneo. Elas superam em tudo qualquer boa notícia econômica, social, relacional ou política. Boas notícias para quem morreu não valem nada; mas estas, a despeito da morte, alcançam até estes que se foram! Elas não valem só enquanto o cemitério não nos chama; elas extrapolam o nosso fôlego de vida! Elas seguem conosco após a morte!

Vejam que boas notícias:

Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; (Jo 11:25)

Porque sete vezes cairá o justo, e se levantará; mas os ímpios tropeçarão no mal. (Pv 24:16)

Aniquilará a morte para sempre, e assim enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos, e tirará o opróbrio do seu povo de toda a terra; porque o Senhor o disse. (Is 25:8)

E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação. (Jo 5:29)

E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também. (Jo 14:3)

E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os ilumina; e reinarão para todo o sempre. (Ap 22:5)

Tais boas notícias têm o poder de levantar o moribundo, dar esperança ao desesperado, dar sentido a uma existência e nos faz acreditar num futuro real, promissor, feliz e eterno! Aleluia!

São boas notícias! Insuperáveis! Magníficas!

Quanto ao nosso tempo horrível e desesperador, somos apenas mais uma geração que sofre diante deste mundo tenebroso. Não somos melhores que os que atravessaram a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), cujo saldo foi o de 10 milhões de mortos e 20 milhões de feridos. Não somos melhores do que os que atravessaram a Gripe Pneumônica (Espanhola, 1918-1920), cujo desastre foi contabilizado em 50 milhões de mortos. Não somos melhores do que os que atravessaram a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), que deixou 85 milhões de mortos. Nem somos melhores do que os países que sofrem com a fome crônica, com as guerras étnicas, com a opressão dos regimes totalitários ou com a indignidade da sobrevivência abaixo da linha de pobreza. Não somos melhores do que os cristãos que são perseguidos pelo mundo!

Temos muito que agradecer mesmo no meio da crise e da dificuldade. E também muito a repartir, pois há sempre algo a fazer por quem tem menos do que nós!

Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. (Jo 15:13).

Benditos do Senhor sejam os médicos, as enfermeiras, os bombeiros, os policiais, os entregadores de alimentos, os que trabalham na distribuição de água, luz, internet e transporte. Bendito seja Deus pelos pais que zelam pelos filhos e deles tomam conta, neste tempo de sobrecarga absoluta! Bendito seja Deus pelas babás! Bendito seja Deus pelos pedreiros e por quem faz manutenção predial! Bendito seja Deus pelos que doam comida! Bendito seja Deus pelos pastores que oram, que pregam, que escrevem, que visitam, que consolam! Bendito seja Deus pelos que não desistem, que enxergam luz num túnel escuro de desesperança!

Os incrédulos, céticos e amilenistas liam o Apocalipse e viam ali um monte de pragas figuradas. “Como é possível parar o mundo? Como é possível matar um terço da vida?” Agora eles viram, sentiram e, quiçá morreram, percebendo que, se Deus tirar o fôlego de vida o ser humano perece!

Por isso a boa notícia: JESUS CRISTO É A ÚNICA ESPERANÇA; SÓ JESUS CRISTO SALVA; ELE É A LUZ E A SALVAÇÃO E NOS SUSTENTA COM SÓLIDA ESPERANÇA, TRANSFORMADA EM ABSOLUTA CERTEZA!

E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. (Mc 16:15)

Sou um dos que continuam a ir; desta feita, pelas ondas etéreas da internet. Aleluia!

Pr. Wagner Antonio de Araújo
Colunista deste Portal

Deixe uma resposta