Os limites da liberdade cristã

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Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus. Não vos torneis causa de tropeço nem para judeus, nem para gentios, nem tampouco para a Igreja de Deus, assim como também eu procuro, em tudo, ser agradável a todos, não buscando o meu próprio interesse, mas o de muitos, para que sejam salvos. 1 Coríntios 10.31-33.

Muitas pessoas têm a tendência de escolherem um versículo isolado da Bíblia para meditarem, sem contudo, levar em conta os versículos anteriores, os posteriores ou até mesmo o capítulo inteiro. Confesso que durante anos tenho meditado no verso 31. Ele tem sido um lema para minha vida.

Outro dia, fazendo a leitura com mais cuidado me deparei com os versos seguintes dessa porção preciosa da Palavra de Deu: Não vos torneis causa de tropeço nem para judeus, nem para gentios, nem tampouco para a igreja de Deus. Nesse verso 32, estão contidos todos os viventes da terra. Os judeus (povo escolhido), os gentios (aqueles que ainda não foram levados a crer) e a Igreja de Deus (a Noiva de Cristo, os Filhos de Deus).

A grande questão é: – Como posso ser tropeço para as pessoas que nos cercam? A resposta é simples: – Cometendo pequenos deslizes ou grandes transtornos. Mormente, damos destaques aos grandes transtornos, pois causam mais impacto e chamam mais atenção, entretanto são os pequenos atos, os pequenos deslizes que causam maior dano, ou seja, impedimentos para que alguns cheguem ao conhecimento de Cristo e sua obra redentora.

Todas as nossas ações, boas ou ruins, pequenas ou grandes, refletem positivamente ou negativamente nos que ainda não creram e na própria Igreja de Cristo. Esses deslizes ou transtornos ocorrem por motivos diversos: falta de atenção; distração, falta de discernir as consequências de nossas ações; e tudo isso vai “respingar” nos que não creram e na Igreja.

Como exemplo podemos citar: o tipo de linguagem, o modo de agir, as reações diante das adversidades, como lidamos com o dinheiro, como tratamos esposa, filhos, colegas de trabalho, como agimos nos negócios… Esses deslizes, na maioria das vezes, estão em desacordo com a Palavra de Deus… Tudo isso, e tantas outras práticas “inofensivas” podem levar pessoas a prejuízos financeiros, emocionais, mas principalmente ao impedimento de chegarem a Cristo. Cada um de nós dará conta se for impedimento para que alguém chegue ao conhecimento de Cristo. Não temos a possibilidade de impedir a ação do Espírito Santo, mas podemos atrapalhar, ser pedra de tropeço, ser mal testemunho para que um pequenino venha conhecer a pessoa de Cristo.

Sigamos o exemplo do amado irmão Paulo: assim como também eu procuro, em tudo, ser agradável a todos, não buscando o meu próprio interesse, mas o de muitos, para que sejam salvos. Se em tudo que fizermos buscarmos a glória de Deus, dificilmente seremos tropeço para o judeu, o gentio e para a Igreja. Pelo contrário, como filhos amados do Pai, e seguindo o exemplo de Cristo, sejamos agradáveis a todos. Não busquemos o nosso próprio interesse, mas o que seja bom, agradável e perfeito, segundo a vontade de Deus. O fim principal é que, por meio do nosso testemunho de vida, outras pessoas cheguem ao conhecimento do Caminho, da Verdade e da Vida – Cristo

Pr. Marcos Peixoto

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