Os justificados não andam se justificando

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Esta é uma grande verdade, pois aqueles que foram declarados justos por causa da obra suficiente de Cristo na cruz e ressurreição não justificam seus erros, seus pecados. Adão tentou justificar seu pecado culpando Eva, sua esposa (Gênesis 3.11,12). Temos esta natureza herdada deles. Precisamos reconhecer nossos pecados, erros, nos arrependermos, confessarmos e confiarmos na obra de Cristo. Os que foram perdoados pelo Senhor não se defendem diante de juízos temerários, críticas, mas descansam no suficiente Advogado de sua alma – o Senhor Jesus Cristo (1 João 2.1). Paulo nos ensina que fomos justificados pela graça mediante a fé e assim temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo (Romanos 5.1,2). A obra da justificação empreendida por Jesus é uma obra completa, consumada. Fomos perdoados para perdoarmos. Justificados para confessarmos nossas culpas e os nossos relacionamentos conflituosos. Na cruz, Jesus Cristo derramou Seu sangue para que recebêssemos o Seu perdão e Sua vida. Portanto, não mais nós, mas Cristo em nós (Gálatas 2.20). Somos novas criaturas com relacionamentos fundamentados no caráter de Cristo Jesus.

A justificação operada por Cristo em nós traz profunda alegria. Restaura a nossa comunhão com o Pai e com o nosso próximo. Uma vida de ódio, ressentimentos, amarguras, é substituída por uma vida de amor, perdão, alegria e descanso. Toda a obra de Cristo foi, em primeiro lugar, para a Glória do Pai e, depois, para a nossa salvação e contentamento NELE. Tudo o que fizermos deve ser para a Glória do nosso Pai (1 Coríntios 10.31). O fato de sermos justificados deve nos levar a ouvir mais. Como nos ensina Tiago: “Todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar e tardio para se irar” (1.19). Sabemos que a ira do homem não opera a justiça de Deus (Tiago 1.20). O Pai não trata conosco com base em nossa ‘justiça’ (a parábola do publicano e do fariseu nos ajuda aqui), mas na justiça de Cristo, Seu Filho amado, que morreu na cruz por nós e ressuscitou para a nossa justificação. Em Cristo Jesus, fomos declarados justos (Romanos 3.24; 5.1,2). Quando experimentamos o perdão de Deus em Cristo somos fortalecidos em nossos relacionamentos.

Vivamos como justificados para testemunharmos a nossa reconciliação com Deus na mediação de Cristo Jesus. Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo e nos deu o ministério da reconciliação (2 Coríntios 5.18-20). Esta realidade salvadora produz paz e harmonia entre o salvo e o seu próximo. Saúde relacional na família e na Igreja. O prazer daquele que foi declarado justo pelo trabalho de Cristo, é relacionar-se de forma saudável – facilitadora e criativa. A sua conexão com o próximo não está fundamentada em desempenho ou no mérito humano, mas na redenção realizada por Cristo na cruz e ressurreição. Estar em Cristo me traz a segurança do Seu perdão e a facilidade em perdoar os que me ofendem. Isto basta para mim. Não preciso me defender, mas confio plenamente em Cristo, meu Advogado, Salvador e Senhor.

Pr. Oswaldo Luiz Gomes Jacob
Colunista deste Portal    

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