Não sei como estão as coisas na sua cidade, mas sei na minha.
O vírus também passou por aqui. Passou? Não, está passando.
Posso dizer que está passando de duas formas diferentes:
- Está passando no sentido de que ainda está presente, ainda está fazendo vítimas, ainda está causando preocupação…
- Mas, em segundo lugar, está passando também no sentido de estar diminuindo o número de vítimas, o que é muito bom!
Nessa questão do “estar passando” também vejo passando todas aquelas medidas de precaução para que o sistema de saúde não entrasse em colapso. Com isso, não quero dizer que as medidas pararam, porém, estão sendo adaptadas de acordo com a diminuição do número de pessoas infectadas. As coisas estão voltando ao normal, mesmo que tudo ainda esteja sendo chamado de “novo normal”. Mas será que tudo está voltando mesmo?
Acho que não. Quando a pandemia começou e com todas as medidas que foram tomadas, o que aconteceu com os cultos presenciais? Pararam. As autoridades disseram que os templos deveriam ficar fechados, ajudando no isolamento social.
Agora, quando as autoridades de muitas cidades liberaram os cultos presenciais, a pergunta que fica é a seguinte: onde estão os crentes? Provavelmente dentro de casa, mas, por quê? Seria medo?
Alguns estão com medo mesmo. Não saem de casa para nada, estão trancados e, possivelmente, até com máscaras, luvas e muito álcool gel. Sobre esses eu não quero falar.
Outros não estão em casa. Bom, pelo menos não estão no horário de trabalho, já que voltaram a trabalhar, vão ao supermercado, andam pelas ruas… parecem que não estão com tanto medo, né? Mas há algo errado com muitos desses. Eles parecem estar vivendo normalmente, menos em relação a um detalhe: não voltaram ao templo.
O que aconteceu? Por que não voltaram? Se as outras atividades estão sendo feitas, por que não podem ir ao templo também? Será que só lá é que mora o perigo? Será que desistiram de Deus? Será que acreditam que não precisam mais da comunhão, ficando apenas com os cultos online? Poderíamos continuar perguntando, perguntando e tenho certeza que as respostas seriam variadas, no entanto, não pretendo respondê-las. Só quero, de novo, fazer uma pergunta que já foi feita:
Onde estão os crentes?
Por Wanderson Miranda de Almeida
Colunista deste Portal