O poder da comunhão

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“Ele nos livrou e continuará nos livrando de tal perigo de morte. Nele temos colocado a nossa esperança de que continuará a livrar-nos, enquanto vocês nos ajudam com as suas orações. Assim muitos darão graças por nossa causa, pelo favor a nós concedido em resposta às orações de muitos”. (2 Coríntios 1.10,11).

A segunda carta aos Coríntios é a carta mais pessoal do apóstolo Paulo. Essa é a sua carta mais autobiográfica. Paulo escreveu essa carta da província da Macedônia (2.13;7.5;9.2), no decurso da sua terceira viagem missionária, logo depois que recebeu o relato otimista de Tito após sua visita à igreja de Corinto.

Nessa carta, o apóstolo conta suas lutas mais renhidas e suas aflições mais agônicas. Paulo abre as cortinas da alma e mostra suas dores mais profundas, suas tensões mais íntimas e suas experiências mais arrebatadoras.

A lista de sofrimentos de Paulo aparece três vezes nessa carta (4.7–12; 6.4–10; 11.23– 28). A primeira lista demonstra que o sofrimento revela a glória de Deus (4.10–12,15).

A segunda lista foi escrita para que o ministério de Paulo não fosse achado culpado (6.3), e, sim, para que Deus fosse glorificado. Paulo escreve a terceira lista para dizer aos seus leitores que ele serve a Cristo como servo bom e fiel, e nesse caso o sofrimento é inevitável.

Consolo é a palavra-chave dessa carta. Consolo é o grande tema de toda a carta. Ela está cheia, do começo ao fim, de sofrimento que se transforma em júbilo, fraqueza que se transforma em força, e derrota que se transforma em triunfo.

Para o apóstolo Paulo, o cristão desfruta de três tipos de comunhão: no sofrimento, na consolação e nas orações, contudo, nada é mais poderoso do que a oração.

Nenhuma força é tão poderosa na terra como a oração da igreja. Os céus se movem pela oração. Os atos soberanos de Deus na história são respostas às orações da igreja. Paulo estava convencido da eficácia da oração intercessória.

As orações da igreja são poderosas pois elas ajudam os crentes (1.11). “Ajudando-nos também vós, com as vossas orações a nosso favor[…]”. A oração modifica as coisas. Pela oração, mantemos os braços dos guerreiros fortalecidos no campo de batalha.

Pela oração, encorajamos missionários a prosseguirem na sua empreitada de levar o evangelho até os confins da terra. Pela oração, cooperamos para que os pregadores anunciem a verdade com ousadia e unção do Espírito. Pela oração, encorajamos uns aos outros a prosseguir em meios às provas. A oração conecta o altar ao trono; a fraqueza humana à onipotência divina. A oração tem duas funções: ela enfatiza a total dependência do homem e a absoluta soberania de Deus; e ambas expressam e promovem a comunhão dos santos.

As orações da igreja são poderosas pois elas glorificam a Deus (1.11). “[…] para que, por muitos, sejam dadas graças a nosso respeito, pelo benefício que nos foi concedido por meio de muitos”. As orações dos coríntios deveriam levar outros crentes a darem graças a Deus. Quando a igreja ora, o nome de Deus é exaltado. Quando os joelhos se dobram na terra, o nome de Deus é elevado no céu. Nada exalta tanto a Deus quanto um crente prostrado em oração! Coloque seus joelhos no chão e descubra quão poderoso é o soberano Deus.

Ore! Creia no poder da oração. Que você seja muito abençoado e que Deus seja glorificado.

Pr. Carlos Elias de Souza Santos

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