Não é o fim da imunidade tributária

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Foto: Reprodução.

“Água mole em pedra dura tanto bate até que a fura”. Ditados populares quase sempre encerram uma verdade e eu penso que será este o caso da luta daqueles que são contrários ao princípio da imunidade tributária concedida aos templos de qualquer culto.

Confesso que foi com a apreensão que acompanhei a tramitação da Sugestão Legislativa n°2/2015, que pedia o fim da imunidade tributária para as entidades religiosas (Igrejas). Faço questão de transcrever o argumento da proponente para que a comunidade evangélica veja o que acontece fora de seus arraiais e, o que é mais triste, é a constatação de que temos certeza de que fomos todos nivelados por baixo.

A autora assim argumentou: “Os constantes escândalos financeiros que líderes religiosos protagonizam estão tornando-se o principal motivador da ideia de que a imunidade tributária das igrejas deve ser banida. O Estado é uma instituição laica e qualquer organização que permite o enriquecimento de seus líderes e membros deve ser tributada”.

E prossegue: “Quando certos líderes religiosos abusam do conceito de liberdade religiosa, exigindo mais e mais dinheiro dos fiéis para enrique­ cimento próprio, isso mostra que o único combate que deve ser feito é o do bolso, tirando esse privilégio que nunca deveria ter existido. Sabe-se que Estados não laicos normalmente impõe tributos apenas às outras religiões para manter o privilégio da escolhida. Mas um Estado laico deve retirar esse privilégio, e não o estender às outras religiões. No ponto de vista do Estado, a igreja deve ser vista como uma em­ presa como outra qualquer que luta com os concorrentes (outras igrejas, crescimento e frutificação para alguns anos à frente. O Reino de Deus como semente deve ser semeado em seus corações, sabendo que a semente do Evangelho é santa e poderosa, mas com a consciência de que o resultado vem a partir do solo e não da semente. Como não sabemos em qual solo a semente germinará e quais corações irão acolher a semente, e deixá-la frutificar, nós podemos criar uma proposta de ação evangelística com as crianças nas escolas, e usar as Igrejas locais como ponto de apoio, refúgios e discipulado para as crianças. Creio que enquanto todas as instituições estão fazendo muito pouco para as crianças, nós como povo de Deus, como Igreja de Jesus, precisávamos revisitar as parábola e ensinos de Jesus, e ver como o Senhor incluía as crianças, e assim podemos ter a visão do Reino de que todos são importantes para Deus, inclusive as crianças. Focando nas crianças poderíamos mostrar a sociedade que nós nos importamos com as próximas gerações, e para preservar nossos pequeninos é que nós estamos semeando e ensinando os valores do Reino de Deus para eles, para que durante a jornada principalmente de outras denominações) para obter o maior número de clientes (fiéis) e com isso ter a maior receita (oriunda de cobranças que variam de religião a outra). Esse ponto é primordial para se estabelecer que a cobrança de impostos deve existir. As igrejas não podem ser consideradas associações não lucrativas, pois o seu intuito de sempre querer mais clientes mostra que ela não quer apenas fazer uma boa ação para a sociedade, ela quer, na medida do possível, monopolizar a crença. Associações em sua grande maioria não competem entre si, muito pelo contrário, muitas ficam “felizes” quando outra associação do mesmo fim abre para poder dividir o trabalho (Exemplo: quando uma associação de reforço escolar nova abre, a associação mais antiga pode dividir os alunos em dois centros, minimizando o trabalho que antes era exigido todo Crianças do Reino da vida, as crianças sejam preservadas pelos valores éticos e morais do Reino dos céus e que sejam impactados pela inclusão do Reino. Devemos pensar nas crianças, na primeira infância como nossa esperança de avanço missionário e como possibilidade de uma sociedade com pessoas de Deus. Sabemos das crises e das dificuldades de nossa sociedade contemporânea, e ao olhar todo esse cenário, creio que como Igreja de Jesus, precisamos atuar e investir todas as nossas energias e recursos (físicos, materiais, espirituais) para que as novas gerações sejam tementes a Deus e conhecem o caminho do Reino de Deus. Creio que precisamos investir nas crianças à luz da parábola do grão de mostarda, sabendo que a semente que lançamos hoje é pequena, mas que depois irá crescer a ponto de aves se abrigarem nos ramos da mostarda, ou seja, pensando que as crianças daqui a alguns anos sejam acolhedoras, mostrando que todo ser humano é alvo do amor de Deus. No Reino de Deus somos semeadores e pescadores. Se­ meamos e pescamos. Ora semeamos o Evangelho, ora lançamos as redes para pescar todo de um grupo único)”.

E qual foi o resultado da pesquisa? Por 219.188 votos contra e 193.853 votos a favor, a tramitação foi encerrada e retirada da pauta no dia 23 de dezembro de 2022.

Lição que fica: Precisamos ficar atentos e reforçar os nossos princípios éticos para não sermos “pedra de tropeço” mesmo aos olhos do mais vil antirreligioso ou mesmo cristãos que sem perceber guerreiam contra a Igreja de Cristo.

Nota: Para conhecer o meu trabalho, visite, inscreva-se e tire dúvidas no canal Cartilha da Igreja Legal no YouTube.

Colaboração do diácono Jonatas Nascimento, filiado à ADIBERJ – Associação dos Diáconos Batistas do Estado do Rio de Janeiro – Seccional Caxiense e à ADBB – Associação dos Diáconos Batistas do Brasil) – Autor da obra Cartilha da Igreja Legal. WhatsApp: (21) 99247-1227. E-mail: jonatasnascimento@hotmail.

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