Os muçulmanos multiplicam-se de forma monumental. Eles têm compromissos religiosos para gerarem muitos filhos. O crescimento desta população enche, cidades, países e regiões globais. A Europa enche-se deles. O Brasil já possui milhares. E eles crescem de dentro para fora.
Os cristãos decidiram ter cada vez menos filhos. Sob a ótica do bem estar infantil, da possibilidade de criar com dignidade cada criança, de assumir a paternidade com responsabilidade eles iniciam o casamento com o ideal de ter, no máximo, 2 filhos, isto quando não decidem por nunca serem pais. Uma vila cristã, ao invés de crescer, desaparece com o tempo.
O resultado tem sido evidente. Muçulmanos crescem e se estabelecem, impondo aos filhos a religião de seus pais, sob penas severas aos que não se condicionarem a isso. As mesquitas estão lotadas e não correm risco de fechar. Pelo contrário, inúmeros centros religiosos novos se abrem para atender a demanda de neófitos, a maioria originada dos lares de pais muçulmanos. Na Europa há inúmeras escolas criadas para acolher a esta população que não para de crescer.
As igrejas cristãs, por sua vez, estão fechando. Os filhos dos crentes, livres por completo para aceitarem ou rejeitarem a fé, costumam rejeitá-la. Os pais ficam tristes, mas se conformam com a explicação de que é o livre arbítrio e de que não podem forçá-los a abraçarem a fé que possuem. As congregações de bairro ficam sem crianças, sem jovens, pois os poucos que restaram foram aos grandes centros religiosos cristãos para participar das turmas juvenis. Lá encontram portas abertas para um cristianismo sem compromisso. Torna-se difícil identificar um cristão de um mundano. As escolas cristãs, construídas para educar os filhos dos crentes e influenciar os filhos dos incrédulos transformaram-se em meros centros comuns sem qualquer compromisso com a fé original. Em alguns casos a promiscuidade entre os alunos é até maior do que em escolas não confessionais.
Igrejas européias estão vendendo os seus suntuosos templos por falta de quem congregue. Templos históricos, que congregaram milhares de crentes agora se transformam em restaurantes, em teatros, em boates, em hotéis e, pasmem os senhores, em mesquitas de adoração muçulmana… Afinal, os islâmicos não têm falta de fiéis. Os cristãos têm. Que vergonha saber que há motéis onde antes funcionavam igrejas grandes e bonitas! Que tristeza verificar que casas de espetáculo de rock foram antes templos que congregavam gente do Senhor!
Muçulmanos não abrem as porteiras do comportamento para que os seus fiéis permaneçam na fé. Eles ensinam o Alcorão, a revelação que Maomé recebeu sobrenaturalmente, e fazem os seus adeptos seguirem-na à risca. Eles escolhem o tipo de fidelidade que querem, se sunitas, xiitas, se mais liberais ou menos. Porém, por toda parte, os valores e os princípios são religiosamente celebrados: orações diárias, festas de dedicação, expansão da fé, construção de mesquitas e multiplicação de filhos para seguirem a fé. Eles decoram os textos, oram várias vezes ao dia e são instados para que aprendam, cumpram e ensinem.
Cristãos, por sua vez, guiados por ímpios que assumiram as funções clericais e pastorais, descaracterizam a fé para tentar segurar o rebanho. Eles já nem levam bíblias ao templo. Selecionam o que mais gostam e colocam num telão para que se leia só aquele trechinho. Os jovens não carregam mais um exemplar da bíblia. Levam um aplicativo no celular, quase nunca utilizado fora dos cultos. Jogaram a Bíblia no lixo. Não gostam de hinos? Então cantam funk e axé na hora dos louvores. Não gostam de orar de joelhos? Então pulam, dançam, plantam bananeira, fazem trenzinho fingindo que estão em oração. Poderão tatuar-se, colocar piercing, beber até cair, contanto que mantenham a narrativa gospel. Não são capazes de seguir a moral cristã? Então adaptam os conceitos sobre homossexualismo, sobre casamento, sobre fornicação e sobre a linguagem chula. O resultado: os liberados gostam tanto da ideia que não vêem mais sentido em participar de qualquer igreja, pois não há diferença alguma do mundo. Tanto faz estar num culto, num forró pé-de-serra, num axé, numa balada ou num comício político: é tudo igual.
Seria isso uma evidência de que ser o cristianismo pior do que o islamismo?
Não. O cristianismo apresenta um Deus completo, revelado nas Escrituras Sagradas como uma Trindade, que enviou o Seu Filho Jesus Cristo para ser o nosso sacrifício, remindo o homem do poder do Inferno e preparando-o para morar no Céu. Um Deus misericordioso e amoroso, que perdoa pecados e pode ser chamado de Pai. Um Deus que regenera o pecador, transformando-o na imagem de Seu Filho. Uma fé que transforma o meio em que vive e, principalmente, a família onde se está inserido.
O islamismo não apresenta Deus desta forma. Não há redenção e nem amor de Pai. Não há um redentor em Jesus Cristo. Conquanto tenham em sua fé monoteísta valores importantes, eles não enxergam o amor de Deus expresso em sua plenitude na encarnação de Seu Filho Jesus. O perdão não faz parte de seu cabedal de valores divinos. A ira, a guerra santa, a perseguição aos que não aceitam essa fé é algo típico e comum, pois um pedaço da revelação está faltando.
O cristianismo é a única resposta divina às indagações do homem. Mas por falta de multiplicação familiar, por falta de compromisso no ensinar a Palavra, por falta de famílias que ousem crescer e ensinar o evangelho puro e simples estamos diminuindo, perdendo a expressividade social, nos tornando um mero “ismo” e não mais expressando O CAMINHO. De cada 50 bons cristãos hoje teremos talvez 25 na próxima geração, 10 na outra e NENHUM na subsequente (avaliando o que hoje está acontecendo). Faça você mesmo uma análise das famílias cristãs boas que conhece e do número de filhos e netos que estão fora do evangelho…
Está na hora de rever tudo isso. Está na hora de pais que ainda possam ter filhos pedirem ao Senhor para conceder-lhes bebês, criando-os nos caminhos de Cristo. Está na hora de confiarmos no sustento divino e no suprimento de Deus para cada uma de nossas necessidades. Está na hora de realizarmos cultos domésticos. Está na hora de lermos a bíblia em família. Está na hora de desligarmos os celulares dos pequenos, tirarmos a influência escolar e mundana de suas vidas e de nos apresentarmos comos verdadeiros amigos e orientadores de seus corações. Está na hora de nos firmarmos nos valores da Palavra de Deus. Temos que ser gente que ora mais do que os muçulmanos, que busca mais fidelidade do que eles, pois conhecemos toda a revelação. Se a nossa justiça não exceder a deles não seremos dignos do nome que ostentamos, cristãos!
Quem sabe se em duas gerações voltamos a ter famílias com prole maior, com filhos que se convertam e se tornem fiéis seguidores do Senhor, que formem outras famílias prolíficas que também ensinem a Palavra?
Tomai mulheres e gerai filhos e filhas, e tomai mulheres para vossos filhos, e dai vossas filhas a maridos, para que tenham filhos e filhas; e multiplicai-vos ali, e não vos diminuais. (Jr 29:6)
E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. (Dt 6:7)
Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra? (Lc 18:8)
E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará. (Mt 24:12)
Pr. Wagner Antônio de Araújo
Colunista deste Portal