Líderes Evangélicos comentam o episódio que viralizou na internet.
Depois de viralizar na internet, nesta semana, um vídeo em que um menino, aparentemente com 7 anos de idade, tem um ataque de ira por ter de ficar esperando alguém buscá-lo na escola, Comunhão ouviu pastores para repercutir o episódio, que, segundo eles, pode ser consequência tanto de um ataque espiritual quanto do ambiente em que a criança vive.
O vídeo começa com o garoto chutando as pernas de uma mulher, provavelmente funcionária da instituição de ensino. Eles parecem estar em uma espécie de secretaria, onde é possível ver um vaso quebrado no chão e uma cadeira jogada, supostamente resultados do ataque de fúria da criança. Não há informações sobre a cidade em que ocorreu o fato.
Aos gritos e mandando quem o interrompia calar a boca, a criança diz: “Eu vou matar minha mãe. Eu vou matar todo mundo da minha família. Eu vou matar meu vô. Eu vou matar todo mundo. Eu não sou de Jesus. Eu sou do diabo, p####. Eu gosto de diabo. Eu gosto muito de diabo. Eu vou matar Jesus. Eu vou ajudar o diabo a acabar com Jesus. O Jesus vai ver a porrada que ele vai tomar. Eu vou matar todo mundo da minha família primeiro…”
Dá para ouvir pessoas tentando conversar com o menino, mas ele parece ficar cada vez mais nervoso e continua a fazer ameaças e dizer que odeia Jesus.
“Vou matar minha mãe, meu pai, todo mundo, até minha vó. Eu odeio Jesus. Jesus não existe. Vou matar meu tio, minha tia. Todo mundo da minha família vai morrer e vai pro diabo, que eu gosto de diabo, e vou matar todo mundo na escola. Quando eu crescer, eu vou demolir essa escola. Eu vou matar todo mundo nessa vida filha da p###. Jesus é um filho da p### da p#### mesmo. Me libera logo, seus filho da p###”.
Influência espiritual
Isildinha Muradas, pastora e autora do livro “O Diabo quer matar, roubar e destruir nossas crianças”, disse que as crianças de hoje em dia têm acesso a muitos conteúdos e não estão mais tão inocentes. Segundo ela, os pais precisam retomar as autoridades espiritual e disciplinar, que estão se perdendo em muitas famílias.
“Para falar sobre esse menino, seria interessante conhecer a família dele, saber qual é a fé que eles professam. Isto tem acontecido também nas casas de pais crentes: as crianças, hoje, sofrem muitos ataques no mundo espiritual, muitos ataques satânicos. Só que podemos impedi-los! Uma das piores estratégias que o diabo usa é tirar a autoridade dos pais sobre os filhos, tanto a autoridade espiritual quanto a autoridade disciplinar. Pais que não param para orar com os filhos, crianças que não vão à igreja, que mandam em casa e decidem o que querem e o que fazem. Não pode ser assim!”, frisou.
A pastora destacou que os pais precisam saber a que conteúdos os filhos têm acesso e o que fazem. “Assistir a um filme de terror influencia a mente da criança. Diversos jogos ensinam a agir com violência e até a matar. Os pais precisam estar presentes e impor limites”, disse.
Exemplo e amor
Ao assistir ao vídeo, o pastor batista e psicanalista Sidney Vicente afirmou que a reação do menino pode ter influência espiritual, bem como pode ser reflexo do ambiente em que ele vive. Sidney destacou que crianças costumam reproduzir comportamentos das pessoas com quem convive.
“Pode haver influência espiritual, sim, mas precisamos de um estudo mais apurado da horizontalidade, hereditariedade e transversalidade dos momentos históricos e sociais e das pontuações histórico-ambientais desse menino, para dar o melhor diagnóstico. Um fato é que a criança aprende por imitação, de um modo muito sutil. Como não conhecemos o contexto em que ele vive, podemos apenas supor, sem uma análise profunda da formação de personalidade, que ele está reproduzindo o que presenciou até agora e sensações que lhe foram apresentadas em diversas condutas dos adultos do meio social dele”, analisou.
Para Sidney, amor e valorização são fundamentais para tratar o que levou o menino a ter esse comportamento. “Muito amor (severo, exigente, disciplinador e suave), valor e importância. O verdadeiro amor cobre a multidão de pecados, lança fora todo o medo e é o vínculo da perfeição”, comentou.