Jesus transforma e nos reconcilia com Deus

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A reconciliação acontece quando duas partes, anteriormente aliena­ das, são reconduzidas a um relacionamento harmonioso pelos esforços de um mediador. Para nós, esse Mediador é Jesus Cristo, o Filho de Deus. Devido à queda, o homem rompeu sua comunhão com Deus.

Na tentativa de se reconciliar com o Pai, o homem criou a religião que é, na verdade, uma tentativa do ser humano de se reconciliar com Deus por mérito próprio. O teólogo e comentarista Warren Wiersbie salienta que “A pessoa que nos reconcilia com Deus é Jesus Cristo, e o lugar dessa reconciliação é a cruz”.

A única forma de o homem se achegar a Deus e se reconciliar com o Criador é através de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Lucas, o médico amado, ressalta essa magna verdade em Atos 4.12. Ninguém tem a prerrogativa de nos salvar, a não ser

Jesus Cristo, o Filho de Deus. Jesus é o único Salvador debaixo do céu que pode dar ao homem a vida eterna. O expositor bíblico John Stott afirma: “A sua morte e ressurreição, a sua exaltação e autoridade fazem dele o único Salvador, já que nenhum outro possui tais qualificações”.

Jesus Transforma – e nos reconcilia com Deus. Vamos explorar alguns pontos relacionados à reconciliação.

Em primeiro lugar, a iniciativa da reconciliação parte do ofendido e não do ofensor (II Coríntios 5.18). Paulo é claro em sua colocação. Temos o ofensor (o homem) e o ofendido (Deus).

Não é o ofensor (o homem) que toma a iniciativa de reconciliação, mas é o ofendido (Deus) que age para reconciliar o homem a si mesmo. Foi o homem quem caiu, afastou-se e rebelou-se.

Mas é Deus Quem busca. Deus poderia ter nos deixado no estado de perdição para sempre, mas, por Sua graça e misericórdia, providenciou um caminho de volta para Ele, e esse caminho é Jesus Cristo (João 14.6).

Em segundo lugar, Cristo é a ponte que nos reconcilia com Deus (II Coríntios 5.18). Cristo é o agente da reconciliação. Deus é o autor da reconciliação, mas Cristo é o agente – é a ponte que nos reconcilia com Deus. A reconciliação foi consumada na morte de Jesus Cristo. Nossa reconciliação com Deus dá-se por meio de Cristo, e não à parte dele. Foi o que Cristo fez por nós, que pavimentou nosso caminho de volta para Deus. Hernandes Dias Lopes diz: “Cristo é o único caminho de volta para Deus. Ele é a única porta de entrada no céu. Ele é o único mediador entre Deus e os homens”.

Em terceiro lugar, a reconciliação baseia-se na imputação (II Coríntios 5.19). O que Paulo está ensinando aqui é que, quando Jesus morreu na cruz, todos os pecados lhe foram imputa­ dos – colocados em Sua conta. O Pai lançou realmente em Seu Filho a dívida de nosso pecado e culpa para que Ele pagasse por eles e garantisse para nós o perdão e a posição de justos que recebemos pela fé. A reconciliação baseia-se na imputação. No livro

intitulado “Cristo Jesus Homem”, o autor Bruce Ware esclarece a questão da imputação da seguinte forma: “Na verdade, há três ‘atos’ de imputação na história da redenção. O pecado de Adão foi imputado (debitado) a toda posteridade quando ele pecou; o nosso pecado foi imputado a Cristo na cruz; e a justiça de Cristo é imputada (creditada), pela fé, àqueles que creem”.

Por último, os que foram reconciliados tornam-se portadores da mensagem da reconciliação (II Coríntios 5.19). Que privilégio e honra temos!

Somos portadores da mensagem mais sublime do planeta – a mensagem da reconciliação. Mesmo que você não saiba, se você é nascido de novo, você tem um ministério. Qual é esse ministério? O ministério da reconciliação.

Por sermos reconciliados com Deus, temos o privilégio de testemunhar o que Deus fez em nossas vidas. Este privilégio não foi dado aos anjos, mas a nós – de pregar a mensagem da reconciliação.

Pr. José Manuel Monteiro Jr.

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