“Naqueles dias César Augusto publicou um decreto ordenando o recenseamento de todo o império romano… os pastores correram para Belém e encontraram Maria e José, e o bebê deitado na manjedoura”. (Lucas 2.1,16)
Provavelmente Jesus não nasceu em dezembro!‘ Mas, fique tranquilo! Pois, embora isso represente um grande problema para algumas pessoas e segmentos religiosos, para a nossa comunidade de fé e denominação não o é!
Sabemos que, mais importante que a precisão de uma datação, é o sentido que o mundo ganha com a chegada do menino Jesus. À luz dos próprios registros bíblicos, o nascimento de Jesus é narrado por dois evangelistas: Mateus (Mt 1.18-25) e Lucas (Lc 2.1-7); e nenhum deles tem a intenção de narrar uma historiografia como, cientificamente, estudada nos dias atuais. Obviamente, se nos concentrarmos naquilo que o texto não propõe como essencial, em seu primeiro plano, perderemos o mais belo dos seus ensinamentos. Portanto, neste editorial, faremos um exercício bíblico, pontuando características essenciais a partir de Lucas 2, que se encarrega de narrar o nascimento de Jesus.
O primeiro destaque, que o texto dá, diz respeito aos pais de Jesus e que estes participariam do censo realizado pelo imperador César Augusto.
A narrativa de Lucas 2 desafia seus ouvintes e leitores ao colocar, no mesmo bloco, a governabilidade imponente de César e o nascimento de Jesus, o Cristo. Lucas nos convida a entender que alguém muito superior ao imperador estava para nascer. Sim, Jesus, o Cristo de Deus! Logo, bem diferente do palácio imperial de Augusto, na manjedoura, em Belém, nascia o verdadeiro Salvador do mundo!
Notoriamente, o texto também nos convoca a olhar a construção deste cenário e nos apresenta que, em meio às mudanças consideradas estratégicas em Roma, ou seja, o ordenamento da realização do censo, da simplicidade da estrebaria germinava a Salvação, o único sentido da existência humana, isto é, Jesus, o Rei dos reis e Senhor dos senhores.
Além disso, diferentemente do exercício romano que, por intermédio de guerras promovia a falsa paz, diante da simples manjedoura se presenciava o exército celestial que louvava a Deus:
“De repente, uma grande multidão do exército celestial apareceu com o anjo, louvando a Deus e dizendo: “Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens aos quais ele concede o seu favor”. (Lucas 2.13,14)
Por último, Lucas 2 nos convida a uma missão. Sim! O texto nos diz que os pastores ficaram maravilhados diante de Jesus e depois anunciaram para outras pessoas o que viram (vv. 17,18). Portanto, eu e você também somos convocados a cumprirmos juntos a mesma missão: anunciar quem é a Paz Verdadeira e proclamar que todos precisam de Jesus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
Pr. Douglas Pedrosa