A Covid-19 tem se revelado um mensageiro da impotência e da fragilidade humana. O vírus atingiu a todos – entre eles os ricos, os governantes e os políticos – e deixou a ciência de mãos atadas, sem saber como estancar o avanço do inimigo invisível que mudou radicalmente a vida na Terra. O que fazer para se adaptar aos novos tempos, aos novos métodos e formas de sobrevivência?
Esse é um dos desafios que no isolamento social do novo coronavírus tem mobilizado a liderança das igrejas evangélicas no Brasil mesmo como os templos fechados. Na live ‘Teologia em Foco’ da última sexta-feira, dia 15, promovida pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, no Rio de Janeiro, o assunto foi debatido focando aspectos jurídicos neste tempo de Igreja Virtual.
O professor e pastor Flávio Martins, que falou sobre gestão eclesiástica, enfatizou que Deus está atuando nessa história e os templos fechados não param a igreja. “Nós não estamos sozinhos aqui; Deus nos criou e cuida de nós, está à frente de tudo e quer que participemos desse processo fazendo gestão de igreja, colocando nossas vidas como instrumento d’Ele no ensino do Seu reino”.
Novos métodos
O cristianismo, na avaliação sua avaliação, enfrenta crises e mudanças há muitos séculos. “Mas a igreja de Cristo tem sobrevivido a tudo e vai sair agora ainda mais fortalecida. Estamos vivendo o processo de um novo software que traz a visão de Deus para os nossos dias. O desafio da gestão é manter o essencial – a visão de Deus e a missão que Ele nos deixou lá em Mateus”, disse.
Em outra colocação que fez na live, o pastor Flavio Martins mostrou que a vontade de Deus é soberana e tudo que o cristão precisa fazer é seguir Seus planos aprendendo a trabalhar com novas ferramentas. “Eu vejo que temos uma base sólida, forte, que é a visão e missão dada por Deus. O que temos a fazer é seguirmos os novos métodos, as novas formas de atuar”, concluiu.
Uma Igreja mais forte após o coronavírus
Jonatas Nascimento, profissional contábil, diácono batista e autor da obra ‘Cartilha da Igreja Legal’ foi o segundo convidado da live sobre Igreja Virtual, que teve como moderador o pastor Valtair Miranda. Na sua avaliação, a igreja vai passar pela turbulência da Covid-19 e voltar com mais força no cumprimento de sua missão, porque se trata de um projeto criado por Deus.
“Eu tenho visto irmãos morrendo de saudade de seus irmãos, daquele convívio gostoso, fraterno e de adoração a Deus. Certamente vamos voltar mais fortalecidos para fazer a obra do nosso Deus”, reforçou.
A Igreja Virtual, embora de forma improvisada, está indo bem. “Até a Escola Bíblica Dominical, em algumas delas, passou a ser integral”, argumenta o diácono. Partindo desse pressuposto, Jonatas sugere que as igrejas, logo que retomarem suas atividades, tratem de criar mecanismo abrindo portas para fiéis que hão de preferir o ambiente virtual em razão de algumas conveniências. Entre elas, as dificuldades de locomoção, enfermidades, problemas de segurança, distância de sua residência e outras.
Desigrejados
O novo modelo de igreja que surgiu devido ao coronavírus, na visão do autor da ‘Cartilha da Igreja Legal’, poderá arrebanhar até mesmo os chamados desigrejados. Isto é, aqueles fiéis que há muito abandonaram os templos, preferindo os chamados cultos em casa, pois para esses também existe a necessidade do pertencimento e do pastoreio.
“Do ponto de vista da legalidade”, afirma o diácono batista, “essas igrejas terão a seu favor o chamado Direito Próprio ou Direito de Autoregulamentação”. Essa garantia, segundo ele, está prevista no Código Civil de 2003. “O meu desejo é que as Igrejas Virtuais tenham a direção do Senhor até que Ele venha”, concluiu.
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Fonte: Blog do Bernardino