Após se tornar uma das plataformas mais agressivas contra qualquer oposição ao progressismo, o Facebook iniciou o teste de uma ferramenta que permite a publicação de oração em grupos sobre fé. A informação foi confirmada pela empresa recentemente.
O histórico da empresa fundada por Mark Zuckerberg junto aos cristãos não é positivo. Em 2017, por exemplo, uma publicação com citação de um versículo foi censurada pela plataforma, mas o tiro saiu pela culatra, já que o print com o posicionamento do Facebook se tornou viral.
No ano seguinte, uma imagem do quadro The Descent from the Cross, do artista belga Peter Paul Rubens, foi usada em um vídeo promocional de turismo da região de Flandres, na Bélgica, e terminou censurado pela rede social. A pintura ilustra o corpo de Jesus sendo retirado da cruz após sua morte.
Diante de casos como esses, agora o Facebook tenta mudar sua imagem perante os cristãos e confirmou que desenvolveu e está testando um novo recurso, chamado “mensagens de oração”. Um aviso surge na tela de usuários com a seguinte mensagem: “Você pode permitir que os membros do grupo peçam e respondam às orações em uma postagem”.
A novidade foi compartilhada inicialmente pelo pesquisador Robert P. Jones, fundador e diretor do Public Religion Research Institute, em sua conta no Twitter.
De acordo com informações do portal Religion News Service, um porta-voz do Facebook informou que o recurso – que permitirá aos usuários postar pedidos de oração, bem como clicar no botão “orar” para que outros participantes saibam que oraram por seus respectivos pedidos – está atualmente na fase de teste.
“Nossa missão de dar às pessoas o poder de construir uma comunidade se estende à maior comunidade do mundo: a comunidade de fé”, disse Nona Jones, chefe de parcerias globais de fé do Facebook e esposa de um pastor.
Ela acrescentou que a empresa está ciente de que 2020 foi um ano “perturbador” para as pessoas de fé, devido às restrições sanitárias que resultaram no fechamento de templos e impedimento da realização de cultos presenciais determinados por autoridades.
Diante disso, Nona Jones afirmou que está “comprometida em encontrar maneiras de construir as ferramentas que ajudem as pessoas a se conectarem à esperança no Facebook”.
Uma informação que não foi divulgada com destaque é que, durante a Páscoa de 2020, o Facebook registrou o maior número de chamadas de vídeo em seu aplicativo de mensagens privadas, o Messenger, e também constatou que a maioria das transmissões no Facebook Live veio de páginas rotuladas como de natureza “espiritual”.
Os testes para a ferramenta de oração nos grupos do Facebook seguem sendo realizado de forma controlada, e ainda não há previsão de quando o recurso estará disponível para todos usuários da plataforma ao redor do mundo, o que pode levar bastante tempo. (Com Informações do Religion News Service)