Encontro Notáveis – II

1876

Nem toda enfermidade física é oriunda em consequência direta de pecados, entretanto, eles podem vir a causar alguma delas ocasionalmente. A própria ciência já admite que determinados sentimentos, como a ira, a mágoa e o ódio, por exemplo, são capazes de produzir um câncer, dentre outros males. Será retratado, nesta segunda série de encontros, a história de alguém que se encontrava muito enfermo, aparentemente, como fruto de uma vida de desobediência voluntária a Deus.

O apóstolo João narra a história de um paralítico, o qual permanecia desse modo havia trinta e oito anos (Jo 5.1-15). Ele ficava diariamente junto ao pórtico de um tanque, chamado betesda, na expectativa de que um anjo pudesse vir e curá-lo. Havia na época uma crença de que de tempos em tempos um ser celestial desceria naquele local e curava o primeiro enfermo que fosse lançado nas águas agitadas por ele (Jo 5.4). Por esse motivo o lugar se transformou num encontro de dezenas de enfermos. Não se sabe se esse fato é verídico ou apenas uma crendice pagã, tendo em vista que o versículo que fala estritamente sobre esse acontecimento não se encontra nas cópias mais antigas do Novo Testamento, todavia, ele é irrelevante. O mais importante nessa história é que Jesus foi ao tanque e curou uma pessoa paraplégica, devolvendo-lhe não apenas a sua mobilidade, mas, a sua alegria, autoestima e prazer de viver.

Alguns dias depois Jesus encontrou o homem que fora liberto no templo e lhe diz o seguinte: “Eis que já estás são; não peques mais, para que não te suceda alguma coisa pior.” (Jo 5.14). Essa afirmativa do Mestre pode indicar que a sua enfermidade estava relacionada ao pecado. Que lições podemos tirar e aplicar as nossas vidas a partir desse encontro tão marcante?

Um dos efeitos do pecado sobre os seres humanos é torna-los escravos, dependentes, aprisionados, doentes, como era o caso daquele inválido. Entretanto, a Bíblia diz que se o Filho vos libertar, verdadeiramente, sereis livres (Jo 8.36). Quantas pessoas, assim como aquele homem, não estão buscando a cura no lugar e pessoa errados? Gente com muita fé e confiança, não obstante, depositadas num deus limitado, ilusório, fantasioso, impostor. Quando Jesus chega diante do paralítico, ele faz uma pergunta, a qual parece redundante: “queres ficar são?” Isto significa que Deus não força as pessoas a tomarem qualquer que seja a decisão, ou seja, ele quer uma obediência voluntária e não simplesmente imposta, seja por um dogma, uma religião ou por qualquer outro motivo. Quase quatro décadas foi o tempo do seu cativeiro, entretanto, aprendemos duas lições aqui. Não existe tempo longo demais, pelo qual Jesus seja impedido de intervir. Segundo, a sua graça pode alcançar até mesmo os mais terríveis pecadores, assim como eu e você.

À vista disso, gostaria de incitá-lo a decidir, ainda hoje, se arrepender de seus pecados e entregar o leme da sua vida a Cristo Jesus. Depois que foi curado da paralisia aquele indivíduo correu em direção ao templo para adorar a Deus. Esse proceder tem um simbolismo tremendo, pois ele demonstrou que a sua cura foi além da fisiológica, alcançou a sua alma. Ele fora totalmente transformado e agora serviria ao Senhor, tendo como resultância dessa conduta voluntária, a oportunidade de passar a eternidade ao seu lado. Que encontro libertador!

Por Juvenal Oliveira Netto
Colunista deste Portal

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