Dias difíceis

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Foto: Reprodução.

Recentemente, fui contatado por uma jornalista, Lilia Souza Barros, da Revista Comunhão, de Vitória – ES, desejando saber minha opinião sobre o que as crianças estão vendo nos canais por assinatura. A mensagem dizia o seguinte: “Estreou nesta semana, na Netflix, a quinta temporada do desenho infantil “Ridley Jones: A Guardiã do Museu”, uma produção que adota a linguagem neutra e ideologia de gênero.

Em um dos novos episódios, a personagem Fred, um bisonte não-binário, revela para sua avó que não se identifica como ela, nem como ele, e que seus pronomes são “ili e dili”. No final, a jornalista pergunta: “Onde vamos parar desse jeito, pastor?”.

Apenas respondi citando II Timóteo 3.1, quando o apóstolo Paulo fala que nos últimos dias teríamos tempos difíceis, tempos trabalhosos. E a pergunta clássica que vem a seguir é “o que fazer?”

Creio que ninguém tem uma receita pronta. Por mais que os pais cristãos estejam atentos, seus filhos, nossos netos, vão estar expostos, nos dias de hoje, a esses tipos de mensagens. Seja na escola, nos filmes, na literatura. É um caminho, na minha opinião, sem volta. O apóstolo João mesmo afirmou que o mundo jaz no maligno (I João 5.19). É daí para pior. Faz parte da deterioração, tal como Sodoma e Gomorra, para o Grande Dia da Volta de Cristo (Marcos 13).

Minha filha primogênita, Susanne, gosta muito de montar quebra-cabeça. Agora mesmo está montando um de duas mil pequenas peças. Pensando, faltam poucas peças para se encaixarem para a volta de Cristo. Mas, enquanto isso não acontece, o que fazer? Arriscaria a apontar alguns caminhos.

Primeiro deles, é orar, orar, orar. Orar para que Deus proteja nossos filhos e netos das influências desse mundo sem Cristo. Eles serão expostos, mas com a proteção espiritual de Deus, serão, com certeza, protegidos e saberão que esses conceitos não são certos.

Segundo: caminho e ensinar a Verdade. Eunice gastou tempo ensinando as Escrituras a Timóteo (II Timóteo 3.15). Os pais de hoje precisam se dedicar mais a essa santa tarefa no lar. O bem mais precioso para cuidar é a família.

Terceiro, é dialogar com os filhos sobre esses temas. Fazer a sua parte e mostrar que esses conceitos não são certos, que Deus fez homem e mulher, macho e fêmea. De preferência, os programas infantis deveriam se assistidos juntos, pais e filhos. Mas isso é quase impossível hoje. Mas, de quando em quando, isso deve acontecer para os pais abrirem um diálogo com os filhos sobre esses temas.

Quarto, é restringir mesmo o acesso a esses conteúdos. A nova temporada, por exemplo, do programa infantil Detetive do Prédio Azul, já usa linguagem neutra. Meu genro já disse para meu neto Theo, que essa nova temporada está restrita.

O quinto passo é escolher melhor os serviços que mais se aproximam dos nossos conceitos. A Brasil Paralelo, por exemplo, já oferece assinatura com produtos mais próximos aos nossos pensamentos.

O sexto passo é envolver os filhos nos trabalhos da Igreja, uma aliada da família nessa área. Sempre deve ser. Uma Igreja verdadeiramente bíblica irá ajudar, em muito, as famílias nos combates a essas ideologias estranhas aos princípios cristãos.

Por último, confiar em tudo isso e estar convicto que você está fazendo a sua parte. Confiar que a semente que você está plantando no coração do filho irá frutificar nas suas escolhas no futuro.

Pr. Gilson Bifano
Palestrante, escritor e Líder na área de casamento e família.
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