Crianças Opressoras

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“Os opressores do meu povo são crianças… enganam e destroem o caminho por onde devias andar” (Isaías 3:12)

Nos últimos anos, a Igreja evangélica brasileira tem sido afetada por “crianças” no governo espiritual, autointitulados profetas e evangelistas que fazem espetáculo, como atores interpretando caricaturas. Além disso, o engano tem seduzido muitos com promessas que Deus não fez, com o fim de extorquir financeiramente os ingênuos.

O caos se agrava à medida que a Palavra de Deus é desprezada, tanto por falsos líderes quanto por aqueles que os seguem, insistindo em ouvi-los e acreditando em suas fantasias.

O texto de Isaías 3:12 está em um contexto em que Deus anuncia que removeria os líderes sábios e os substituiria por inexperientes. O termo “crianças” (hb. ōlēl) é metafórico, descrevendo aqueles que oprimem o povo, porque não estão preparados para o campo de batalha ou que, por sua inocência, precisam de orientação.

O texto revela que uma consequência do juízo divino é a inversão da ordem saudável da liderança, resultando em desordem e caos. E por que esse juízo? Porque o povo havia rejeitado os líderes que Deus havia chamado, preparado e enviado, preferindo outros, por sua rebeldia.

Ainda que o texto não fale de crianças literais, o sentido é confirmado pela experiência prematura, conhecimento superficial das Escrituras e motivações suspeitas.

A Igreja precisa urgentemente retornar aos padrões bíblicos da fé, do culto e da liderança (1Tm 3:1-16 e Tt 1:5-9), destacando que ela: “não seja neófita, para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo” (1Tm 3:6).

Pr. Ericson Martins

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