O primeiro turno das eleições municipais de 2024, realizado em outubro, resultou na eleição de 469 candidatos que utilizaram nomes relacionados a religiões. Esse número representa 0,74% do total de candidatos eleitos, um aumento em relação ao pleito de 2020, que teve 442 eleitos (0,69%). O maior índice foi em 2016, com 485 candidatos (0,76%) com identificação religiosa.
Os termos mais frequentes entre os candidatos eleitos são relacionados ao segmento evangélico. Entre os nomes utilizados nas urnas, “irmão”, “irmã”, “pastor” e “pastora” se destacam. Dos candidatos que se identificam com nomenclaturas religiosas, 91,2% pertencem à direita, refletindo um aumento na representação desse grupo nas eleições.
Em relação aos partidos, o PP e o PSD estão empatados como as legendas que mais elegeram candidatos com nomes religiosos, com 51 eleitos cada. O MDB segue com 50 representantes. No aspecto regional, a maioria dos eleitos com identificação religiosa está no Nordeste, com 197, seguido pelo Sudeste (126), Norte (75), Sul (37) e Centro-Oeste (34). as informações são da Veja.
O aumento de candidatos com nomes religiosos nas eleições municipais foi expressivo, passando de 2.215 em 2000 para 7.260 em 2024, o que representa um crescimento de 225%. Durante o mesmo período, o total de candidaturas aumentou apenas 14%, passando de 399.330 para 454.689. Assim, o crescimento das candidaturas religiosas é dezesseis vezes maior do que o aumento geral.
Os dados são da Nexus, uma empresa de pesquisa e inteligência de dados da FSB Holding. Para o levantamento, foram usados filtros que incluíam termos relacionados a religiões evangélicas, católicas e de matriz africana, como “pai”, “mãe”, “missionário”, “bispo”, “ministro” e nomes de divindades africanas.