Como pastores, somos companheiros de jugo, lutas, sofrimento e compromisso no ministério que nos foi presenteado pelo Senhor mediante Sua graça e misericórdia. Certamente não pelos nossos méritos, mas pelos merecimentos de Cristo Jesus, Salvador e Senhor nosso. Alguém afirmou que “Deus não chamou homens extraordinários para um trabalho comum, mas homens comuns para um trabalho extraordinário “. Ele nos alcançou com a Sua graça e nos vocacionou com uma santa vocação (2 Timóteo 1.9). As lutas ferrenhas, tempestades, perseguições e incompreensões fazem parte do processo de crescimento espiritual, do amadurecimento vocacional, do nosso múnus profético. Somos chamados à conformação de Cristo. Sem dúvida, atraídos para a crucificação e morte com Ele, olhando sempre para a sua suficiência na cruz e na ressureição (Romanos 6.1-11).
Como ministros do novo pacto somos chamados ao cuidado mútuo. Precisamos aprender o rasgar de coração uns com os outros, a partir de uma confiança absoluta em Deus. Quantas vezes carregamos fardos muito pesados e não compartilhamos. Temos medo. Devemos voltar os nossos olhos para Gálatas 6.2, pois Paulo nesse texto nos ensina a levar as cargas uns dos outros para cumprirmos a lei de Cristo. Receamos dizer que somos sujeitos às mesmas paixões que Elias, o tesbita (Tiago 5.16). Não nos esqueçamos de que somos humanos, cheios de limitações e incoerências, pois carregamos em nossa natureza humana uma vulnerabilidade latente.
Como precisamos nos acolher mutuamente com o profundo amor de Cristo (Romanos 15.7)! Suportarmos, aconselharmos e encorajarmos sob a direção do Espírito Santo (Colossenses 3.16). Pertencemos ao Corpo Vivo de Cristo. Somos necessários uns aos outros em Cristo. Juntos, em profundo amor, podemos vencer as lutas comuns. Na verdade, dependentes de Deus e interdependentes.
Os companheiros de jugo se encontram, oram, meditam, se importam, compartilham, se ajudam e constroem uma comunidade terapêutica. Há um interesse muito forte na cura do companheiro de ministério. Somos irmãos em Cristo Jesus, vocacionados especificamente, para vivermos a liberdade com a qual o Senhor nos libertou (Gálatas 5.1). Companheiros de jugo para confrontar e passar o bálsamo. Marcados fortemente pela obra de Cristo para a sinceridade, simplicidade e a cumplicidade.
Sim, companheiros de jugo para servirmos uns aos outros em amor (1 Pedro 4.10). Para repartirmos o coração, o pão, a visão, os traumas, o espaço e a vulnerabilidade. Como companheiros de jugo somos chamados a receber o irmão ferido com uma recepção marcada pelo amor, pela cumplicidade, alegria e solidariedade. Que nos importemos sempre com os que sofrem, fracassam e estão altamente fragilizados. Como companheiros de jugo reflitamos a glória de Deus em nossa comunidade da aceitação, do perdão e da festa!
Pr. Oswaldo Luiz Gomes Jacob
Colunista deste Portal
www.oswaldojacob.com