Em minha obra “Cartilha da Igreja Legal” apresento várias razões pelas quais toda igreja deve adequar os seus estatutos. E uma dessas razões, por mais inusitada que possa parecer, diz respeito à Bíblia Sagrada. Isso mesmo: as Sagradas Escrituras.
Quando examinamos a Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira, temos que “a Bíblia é a Palavra de Deus em linguagem humana. a) É o registro da revelação que Deus fez de si mesmo aos homens; b) Sendo Deus seu verdadeiro autor, foi escrita por homens inspirados e dirigidos pelo Espírito Santo; c) Tem por finalidade revelar os propósitos de Deus, levar os pecadores à salvação, edificar os crentes e promover a glória de Deus; d) Seu conteúdo é a verdade, sem mescla de erro, e por isso é um perfeito tesouro de instrução divina; e) Revela o destino final do mundo e os critérios pelos quais Deus julgará todos os homens; f) A Bíblia é a autoridade única em matéria de religião, fiel padrão pelo qual devem ser aferidas as doutrinas e a conduta dos homens; g) Ela deve ser interpretada sempre à luz da pessoa e dos ensinos de Jesus Cristo”. Afirma tal documento que através dos tempos, um dos princípios basilares é a “aceitação da Bíblia Sagrada como única regra de fé e prática”.
Sendo assim, via de regra os estatutos das Igrejas filiadas à Convenção Batista Brasileira trazem para si esse preceito. Acontece que há uma fragilidade não notada na expressão “Bíblia Sagrada”, pois até as pedras sabem que atualmente há versões frágeis, não fiéis e até mesmo falsificadas do Livro Santo circulando por aí.
Não vai aqui qualquer crítica aos métodos tradicionais de tradução/versão da Bíblia Sagrada, quais sejam; a) por equivalência formal (tradução de palavra por palavra); ou b) por equivalência dinâmica ou funcional (interpretação do original por paráfrase, onde o texto não é adulterado). O problema é quando segmentos ideológicos resolvem subtrair ou acrescentar palavras ou expressões a seu bel-prazer. Neste caso, a capa continuará a mesma (Bíblia Sagrada), mas o conteúdo poderá ensejar sérios problemas para a igreja.
Resumindo, sugiro que a igreja, ao reformar o seu estatuto, defina a versão ou versões que deseja ler, de preferência aquelas aceitas pela denominação Batista. Do contrário, daqui a pouco as igrejas acabarão lendo a Bíblia em linguagem antibíblica.
Nota importante: Este assunto teve uma repercussão maior do que qualquer outro escrito por mim até hoje, a ponto de me pedirem sugestão de Bíblia confiável. Como não sou pastor ou teólogo, achei por bem consultar dois biblistas que gozam do meu respeito, pastores Washington Roberto Nascimento e Ailton Bezerra, ambos do Rio de Janeiro.
Confira: “A busca de uma Bíblia confiável deve ter como princípios orientadores: a) os textos que serviram de base da tradução; b) a linguagem; c) as revisões; e d) a editora, sua confissão de fé.
Um bom exemplo de uma Bíblia com base nesses princípios é a Bíblia Almeida, edição Corrigida e Revisada Fiel ao Texto Original, isto é, aos manuscritos confiáveis e aceitos pela tradição da Igreja, isto porque não existe texto original.
Essa Bíblia é conhecida popularmente pela abreviação: ACF – Almeida Corrigida Fiel. sua base textual é: a) NT: Textus Receptus, similar ao texto-tipo bizantino; e b) AT: Texto Massorético.
A tradução dessa Bíblia é uma publicação da Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, que é conservadora e tem equivalência formal (em Linguagem Erudita). Foi editada em 1994 e teve revisões em 2007 e em 2011”.
Nota: Para conhecer o meu trabalho, visite, inscreva-se e tire dúvidas no canal Cartilha da Igreja Legal no YouTube.
Colaboração do diácono Jonatas Nascimento, filiado à ADIBERJ – Associação dos Diáconos Batistas do Estado do Rio de Janeiro – Seccional Caxiense e à ADBB – Associação dos Diáconos Batistas do Brasil) – Autor da obra Cartilha da Igreja Legal. WhatsApp: (21) 99247-1227. E-mail: jonatasnascimento@hotmail.