Há alguns anos, uma famosa atriz de Hollywood deu fim à própria vida. A notícia foi um choque para todos. Ninguém conseguia entender por que ela tinha feito aquilo. Era bonita, jovem, rica e famosa.
Possuía milhares de fãs e centenas de homens ajoelhados aos seus pés. Onde quer que fosse, uma multidão de admiradores se formava ao seu redor. Estava no auge do sucesso. No entanto, um bilhete que ela rabiscara pouco antes de se suicidar ajudou a esclarecer o mistério. Nele estava escrito assim: “Não aguento mais viver sozinha”.
Se nos faltam relações profundas e calorosas (seja em virtude das circunstâncias ou em consequência do nosso medo e timidez) é natural que nos sintamos solitários. Talvez até estejamos cercados de gente, até sejamos populares, até tenhamos alcançado fama e admiração. Mas nos sentiremos sós, porque nos faltará uma ligação profunda com os que nos cercam. Nosso relacionamento com os outros não será íntimo nem satisfatório.
O ser humano tem necessidade de estabelecer vínculos significativos com seus semelhantes. E não podemos forjar uma relação com o Senhor para compensar a ausência de laços satisfatórios com outras pessoas. Isso não seria uma comunhão espiritual saudável, mas uma tentativa de compensação.
Não obstante, há muitos que se atiram numa busca por Deus porque se veem incapazes de estabelecer relacionamentos com seus semelhantes. Geralmente permanecem frustrados, porque no fundo procuravam outra coisa.
Não devemos nos entregar a Deus pelo simples fato de não conseguirmos nos relacionar com mais ninguém. Entretanto, lembremo-nos de que a dimensão espiritual de nossas vidas é fundamental e não pode ser negligenciada. Se nos relacionarmos com pessoas, mas não com Deus, ainda estaremos sozinhos. Por outro lado, se nos relacionarmos com Deus de forma satisfatória, estaremos dando um gigantesco primeiro passo para vencermos a solidão.
Pr. Marcelo Aguiar
Colunista deste Portal