Muitas vezes, fofocas e difamações são camufladas como “aconselhamento espiritual”. Nada existe de condenável no aconselhamento espiritual, se realmente falar como conselheiro espiritual. Um conselheiro espiritual é um crente maduro, que te exorta numa vida espiritual e à reconciliação, que aponta seu pecado na situação que está sendo analisada! A ele interessa principalmente a vontade de Deus, não a do outro ou a sua própria. Na maior parte das vezes, não procuramos seriamente uma solução quando falamos com alguém sobre um problema, mas, somente um ouvinte compassivo, que também defende nosso ponto de vista. Quantas divisões provocamos, à medida que pudermos atrair pessoas para o “nosso lado”. “Seis coisas o Senhor aborrece, e a sétima a sua alma abomina: … e o que semeia contenda entre os irmãos”. (Pv. 6:16-19)
Uma das frases mais comuns é: “Mas estou somente ouvindo”! Muitos de nós pensamos que somente ouvir não é tão grave quanto espalha-las. Mas isso não é verdade! Deus diz: “O malfazejo atenta para o lábio iníquo; o mentiroso inclina os ouvidos para a língua maligna”. (Pv. 17:4). A exortação de Davi a Saul deveria ser uma regra para todo crente maduro: I Sm. 24:9 “Por que dás tu ouvidos às palavras dos homens que dizem: Davi procura fazer-te mal”? Por que lhes damos ouvidos?! Por que estamos tão dispostos a acreditar no pior? Por que não respondemos educada, mas, decididamente: “Você deveria contá-lo ao Senhor e aquele a quem se refere, mas a mim não”? Exortações desse tipo, matariam a maior parte das histórias de fofocas ou difamações.
Ao menos, elas impedirão as pessoas de vir a você com esse tipo de conversa. Talvez, as estimule a pensar sobre coisas mais importantes que os assuntos de outras pessoas. A bíblia nos adverte claramente sobre o envolvimento com fofocas: “O mexeriqueiro revela o segredo, portanto não te metas com quem muito abre seus lábios”. (Pv. 20:19)
Em geral, quem ouve essas conversas é porque gosta de difamar também. Não se associar a tal pecado é um sinal de maturidade: O Senhor Jesus foi muito específico sobre esse assunto: “Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no dia do juízo”. (Mt. 12:36). Em cada palavra que dizemos, tomamos uma decisão. Decidimos glorificar a Deus ou entristecê-lo. Rebelando-nos contra sua palavra: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim, unicamente a que for boa para edificação”. (Ef. 4:29).
Frequentemente não levamos a sério a ordem de Deus para controlar nossa língua. Sendo essa uma das características de um crente maduro. (Tg.1:26). Sabemos que o coração é enganoso mais do que todas as coisas (Jr. 17:9), e assim seria fácil justificar desse modo nosso comportamento errado.
Difamação e fofoca são instrumentos de Satanás. Ele sabe: se conseguir dividir-nos e fazer com que lutemos entre nós, estaremos muito ocupados para lutar contra ele. Temos que parar e pensar, antes de falar! Deveríamos decidir em nosso coração, nunca mais dar ouvidos a fofocas ou espalha-las! Isso é possível pela graça de Deus e através da nossa decisão de fazer a escolha certa! Talvez tenhamos que pedir perdão a alguém. Talvez será preciso revelar amarguras e curá-las. Vá primeiro a Deus e deixe Ele ordenar seu coração! Ele também lhe dará forças para fazer o restante.
Pr. João Luiz Vieira