“MENINA DEZ ANOS, ESTUPRADA PELO TIO, TEVE A GRAVIDEZ DO BEBÊ DE MAIS DE 6 MESES INTERROMPIDA”.
Foi apenas um caso. Há milhares que acontecem nas penumbras. E este teve o aval da justiça brasileira. A desgraça sofrida por uma menina estava, segundo a justiça, acima dos interesses do fruto do estupro, a criança com mais de 22 semanas de gestação. Esta não teve nenhum direito à vida. Surgiu sem pedir, foi assassinada sem merecer. Quem chorará por ela? CRIANÇA DESESPERANÇA…
Quando um país estabelece quem vive e quem morre, não no sentido de punir o crime (o que é justo), mas de decretar que uns têm mais direito do que outros, ele faz uma oferta de sangue. Esta oferta é para Satanás, o inimigo de Deus e dos homens. Matar é a sua lei. Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira. (Jo 8:44)
Está nos DEZ MANDAMENTOS: “NÃO MATARÁS” (Êx 20.13).
Quando um país autoriza a morte de um inocente ele oferta o sangue desta vítima a Satanás. O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância. (Jo 10:10). Satanás deu legalidade aos poderosos, para que EM NOME DO BEM ESTAR DE UMA CRIANÇA assassinassem a outra, que não pediu para nascer. Não era anencéfala, poderia ser retirada e terminar a sua gestação na incubadora e doada para uma família que a tratasse com amor; enfim, inúmeras outras alternativas havia para dar ao pequenino a chance de não ser a vítima fatal. Mas em nome de uma falácia destroçaram o bebê. Terá sido pelo método de sucção, onde um aspirador interno arranca os bracinhos, as perninhas, os pezinhos, enquanto o feto se mexe e se contorce de dor? Terá sido através de uma injeção letal? Ou de um forceps que arranca o bebê como se fosse um parasita?
Sou pai de três crianças, uma delas é um bebê. Conheço cada traço, cada expressão facial, cada lágrima, cada desenvolvimento. Quando do parto de cada uma delas filmei o evento e tenho as cenas como tesouros de família. Escutei os seus corações ainda no ventre de sua mãe. Não posso pensar na hipótese de vê-los sofrer, de vê-los amargarem um acidente, uma doença letal, uma dor. Eu sou pai! E, se sou assim para com os meus filhos, o sou também para cada criança que vejo, para cada bebê que contemplo, para cada vida humana que tem o futuro pela frente. Não preciso ser pai delas para solidarizar-me com suas necessidades.
Há tragédias gestacionais que podem ceifar a vida da mãe e do bebê, casos irreparáveis e muito bem definidos em todos os sentidos. Mesmo assim eu tenho certeza: seus pais, que se viram obrigados à interrupção da gravidez, sofrerão pelo resto da vida. E esta criança, vítima de estupro, cujo juízo de valores ainda não está amadurecido, que foi conduzida a matar o seu bebê, como reagirá pelo resto da vida? O arrependimento futuro poderá matá-la dia após dia e aos poucos. Ela não pediu para ser mãe, mas uma vida surgiu em seu ventre. Ela agora foi convencida a dar o aval ao assassinato.
E ainda que não sofra por ser convencida de que não fez nada de errado (o que é uma mentira), há uma vítima que não foi ouvida e nem foi respeitada: O BEBÊ! Ele não teve a opção de gritar e de dizer: “POR MISERICÓRDIA, NÃO ME MATE, MAMÃE! EU DOU A MINHA PALAVRA QUE DE SAIREI DE SUA VIDA ASSIM QUE NASCER, MAS NÃO ME INTERROMPA A VIDA, POR FAVOR!” Seus gritos do silêncio foram abafados pelo martelo do juiz e pelo apoio de parte da mídia satânica que é administrada pelos tentáculos do Diabo.
Mas há um Deus nos céus. Há um juiz de toda a Terra, que fará justiça algum dia, mesmo que seja depois da morte. Visto como derramaram o sangue dos santos e dos profetas, também Tu lhes deste o sangue a beber; porque disto são merecedores. (Ap 16:6). Os que derramam o sangue dos inocentes sofrerão as penalidades do Senhor. Deus julgará este mundo e derramará sobre ele o cálice de Sua ira. Ele o fará quando “a medida dos amorreus” estiver completa, ou, trocando em miúdos, “quando for a gota d’água”.
Mas há juízos temporais também, que, de quando em quando Deus opera, em sinal de absoluta contrariedade com a raça humana. Por isso, ainda que sofrendo junto, pois estou incluído na mesma sociedade, não me espanto com um vírus que ceifa 108 mil pessoas em poucos meses em meu país. Também não me surpreendo com os tornados, que não existiam por aqui há 30 anos atrás e que agora tornaram-se comuns em várias partes do Brasil; nem com as enchentes monstruosas na época do verão ou com os rios destruídos pelas mãos dos vazamentos das mineradoras. Não me surpreendo com os políticos que fingem ser ou de direita ou de esquerda para ganharem o pleito, e que, depois, arrancam o disfarce e dividem o despojo do poder com os ladrões de ambos os lados. O nosso país merece o juízo divino, seja no futuro, seja agora. Aliás, o sangue deste bebê foi adicionado ao copo da ira de Deus, do qual Ele dará para que a nação o beba. “DEUS, TENHA PIEDADE DO PAÍS”. A consciência nos dirá: “PIEDADE QUE NÃO TIVEMOS COM UM BEBÊ INOCENTE”. As lágrimas não afastarão o juízo.
Tenha misericórdia de nós, Senhor.
Pr. Wagner Antônio de Araújo