Há anos muita gente do Brasil tem se especializando em desconstrução do caráter do próximo. É lamentável que tantos brasileiros falem mal dos seus compatriotas e dos vultos nacionais. Somos versados em detonar as pessoas, rotulando-as injustamente. Somos conhecidos lá fora como os que destroem os seus heróis. As Escrituras são claras em dizer: “Irmãos, não faleis mal uns dos outros” (Tiago 4.11,12). É muito triste vermos como as pessoas detonam o seu semelhante sem nenhuma consciência ética, moral. Para mim, esta atitude é doentia e altamente nociva e criminosa. Uma pessoa que aprecia falar da vida alheia de forma negativa é acometida de uma cardiopatia congênita, de um desvio de caráter e de uma mente doentia, esquizofrênica. Além de ser uma pessoa fútil e inútil.
Falamos mal de governos, artistas, escritores, policiais, e tantos outros. Perdemos o bom senso. Atropelamos a ética da convivência pacífica, respeitosa, assertiva e criativa. Infelizmente, somos um país dividido por interesses político-partidários e com uma postura maquiavélica. Um Brasil partido por partidos fisiologistas, no nível da mediocridade e longe do bom senso. Um país fragmentado por ideologias bestas, idiotas e retrógradas, barrando o desenvolvimento sustentável. Os interesses corporativos estão acima do interesse comum. Perdemo-nos em discussões tolas, fúteis e inúteis. As nossas igrejas se tornaram uma colcha de retalhos inútil, pois não há diálogo, não há denominador comum.
Os nossos representantes no Congresso, na Justiça e no Executivo, com raríssimas exceções, chegaram a um nível baixíssimo de patriotismo, bom senso e consciência de missão dada pelo povo que os elegeu e paga seus vultosos salários. São despreparados para legislarem, mas muito articulados para negociatas, falcatruas, interesses ocultos e fisiologismos. Gente apequenada por uma visão marcada pelo narcisismo e estilismo. São corporativistas, vaidosos e elitistas. Apreciam a ostentação. São sanguessugas dos cidadãos honestos que pagam pesadíssimos impostos.
Temos também os nossos jornalistas, excetuando muito poucos, que são experts em desconstruir o caráter e as boas intenções dos que governam bem, profissionais e das pessoas que desejam fazer toda a diferença. Esses jornalistas estão sempre insatisfeitos. São envenenadores. Promovem a discórdia e a divisão do país. Eles não têm uma palavra de encorajamento, uma postura crítica construtiva, mas usam de críticas ferinas, céticas e altamente doentias para desfigurarem a imagem daqueles que não lhes apetecem. Só sabem ver os seus defeitos. Se há virtudes, não as reconhecem. Percebe-se uma falta de caráter, ética e profissionalismo.
Quando detonamos as pessoas, a partir de numa cultura destruidora, estamos na contramão do ensino das Escrituras, do bom senso, equilíbrio, da dignidade e justiça. Parece-me que vivemos numa cultura estigmatizada pela maledicência na língua, mente doente e pela maldade no coração (Tiago 3.1-12). Há muitos elegantes e cheirosos por fora, com um linguajar rebuscado, mas podres por dentro. O coração e a mente estão contaminados pelo vício de falar mal do próximo. São destruidores de caráter, de dignidade. Jesus diagnosticou a realidade do coração do homem ao dizer: “Porque do coração procedem maus desígnios ou pensamentos, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias” (Mateus 15.19). Jesus acertou no centro do alvo. O Seu diagnóstico foi perfeito.
Vivemos num país marcado pela cultura do jeitinho, do “tá bom assim” e da mediocridade. Temos enormes dificuldades em reconhecer o valor, a relevância do próximo e dos seus feitos. Seja em casa, nas empresas, escolas, esquinas e mesas da vida, temos nos especializado em comentar negativa e maldosamente a vida das pessoas. Isso demonstra a enormidade do pecado e a pequenez do coração. Os detonadores do caráter alheio são dominados por um coração ruim, invejoso, perverso, adoecido, produzindo adoecimento (Jeremias 17.9). Os adotaram a cultura da desconstrução do próximo trabalham para o adoecimento da nação brasileira. Labutam para o enfraquecimento das instituições do Estado brasileiro.
Se desejamos um Brasil marcado por ordem e progresso, precisamos combater de forma veemente essa cultura da desconstrução do próximo, dos desfiguradores de caráter. Todos os dias devemos confrontar essa gente mesquinha, apequenada, de alma desidratada e agonizante. Essa alma que se alimenta do prejuízo alheio. Esses destruidores de pessoas, de sonhos e projetos, devem ser condenados a falarem sozinhos, para si mesmos. Que as pessoas de bem se unam para a. confrontação dessa gente altamente prejudicial ao país. As críticas devem ser sempre construtivas, baseadas em valores nobres, para a construção de uma nação igualmente nobre, feliz, justa, empreendedora, ética e altamente comprometida com a excelência em tudo o que faz.
Pr. Oswaldo Luiz Gomes Jacob
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