A morte de George Floyd e cada um de nós

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A morte de um negro por um policial branco na cidade de Mineápolis, nos Estados Unidos, há alguns dias nos remete à reflexão de como um ser humano pode ser tão frio, cruel, perverso, violento e altamente perigoso mesmo vestindo uma farda como guardião da lei e da ordem. É inacreditável que uma pessoa que deve preservar a vida, promover a paz e o diálogo age covardemente ao matar o seu próximo. Na verdade, o policial cometeu um assassinato vestido de uma farda que revela autoridade, integridade, proteção e convivência pacífica. Na verdade, o policial quebrou a ética da corporação, de seu estado e da Constituição do país. É vergonhoso um policial agir assim.

A morte de George Floyd revelou o racismo, que é uma questão seríssima não só nos Estados Unidos, mas em vários países do mundo. A violência com esse cidadão norte americano motivou atos de violência e vandalismo. É claro que um erro não justifica o outro. A questão do racismo precisa ser tratada e vencida onde ele se instalou. Não se mede uma pessoa pela cor da pele. A pessoa tem um valor extraordinário. O nosso Deus criou o homem à Sua imagem e conforme a Sua semelhança. Isto está muito claro nas Escrituras (Gênesis 1.26). Somos responsáveis diante de Deus pelo tratamento que dispensamos às pessoas. Como é muito bom exercermos o amor fraterno, a solidariedade, ternura, simpatia, empatia, humildade e mansidão com o próximo! Como é salutar vivermos em paz uns com os outros! Tratar as pessoas com sublime respeito e alta consideração.

A morte de Floyd nos deixa estarrecidos porque coloca em fratura exposta uma sociedade hedonista, mercantilista, preconceituosa, estilista e altamente egoísta. Revela a impessoalidade que muitas instituições dispensam às pessoas.

Os protestos pacíficos certamente trarão impactos na sociedade quanto a maneira de lidar com o próximo de um modo respeitoso e digno. As pessoas merecem de nós um serviço amoroso e abnegado. Devem ser altamente valorizadas e assistidas.

Esse lastimável evento deve gerar em nós verdadeira indignação e profundo desejo de mudança. Devemos dizer não a conformidade com o que está posto neste mundo mau e perverso. Que a morte de Floyd promova em nós uma postura de rejeição veemente a toda a forma de racismo e preconceito. Que haja entre nós, em nossos relacionamentos, uma revolução de valores nobres. É da vontade soberana de Deus que Seus filhos e criaturas se amem com um amor incondicional. Que todas as instituições trabalhem para a promoção da paz genuína, verdadeira entre as pessoas. Seja a paz de Cristo o árbitro em nossos corações, com profunda gratidão a Deus pelo próximo (Colossenses 3.15).

Que assim seja!

Pr. Oswaldo Luiz Gomes Jacob
www.oswaldojacob.com  

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