Dia do Diácono Batista – Uma data para recordar o chamado Ministerial

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Que a Graça e a Paz do nosso Se­nhor Jesus Cristo estejam transbordantes na vida dos amados e queridos diáconos Batistas do Brasil. O mês de novembro chegou e no segundo domin­go, dia 10, as Igrejas Batistas de nossa Convenção Batista Brasileira (CBB) co­memoram o Dia do Diácono Batista.

Estamos em festa, mas devemos lembrar que somos os servos dos ser­ vos e que o chamado para Diaconia é bíblico e vai muito além de andar com um molho de chaves da Igreja no bolso, acender e apagar as luzes nas progra­mações, servir água ao pastor, recolher as ofertas, ficar na recepção e esta­cionamento da Igreja, fazer rondas de vigilância nas dependências da Igreja, preparar os elementos para a ceia do Senhor (essas atividades são impor­tantes, mas não são a base conforme as Escrituras).

O diácono deve ser assíduo nas atividades de sua Igreja, conhecer a membresia e suas diferentes neces­sidades, ser amigo do pastor, cuidar dos órfãos, viúvas e desempregados. Buscar o conhecimento nas Escrituras Sagradas, capacitações nas áreas de Capelania hospitalar, militar, carcerária, escolar entre outras.

Temos que destacar que de sorte os diáconos “sejam honestos, não de língua dobre, não dado a muito vinho, não cobiçoso de torpe ganância, zelo­so pelo Ministério da Fé numa cons­ciência pura. E estes sejam provados, depois sirvam, se forem IRREPRENSÍVEIS. Da mesma sorte as esposas sejam honestas, não maldizentes, sóbrias e fiéis em tudo. Os Diáconos sejam maridos de uma só mulher e governem bem a seus filhos e suas próprias casas. Porque os que servi­ rem bem como diáconos, adquirirão para si uma boa posição e muita con­fiança na fé que há em Cristo Jesus” (I Tm 3.1-13).

As características do diácono

Irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar, não dado ao vinho, não violento, cordato, inimigo de contendas, não avarento, que governe bem a sua casa (primeiro ministério), não seja novo na fé, ter um bom testemunho e de uma só palavra.

Essa lista facilita a própria autoavaliação daquele que almeja o Diaconato. Não podemos confundir e nem se emo­cionar, antes devemos orar e buscar, na Palavra de Deus, a confirmação para a missão de servir aos servos.

Deus não está pedindo demais quando exige uma conduta exemplar. Ele próprio é o modelo, o socorro bem presente, o refúgio, a força necessá­ria para se viver de forma santa. Vale acrescentar que não se trata de per­ der a humanidade, porque o diácono continua a lutar diariamente contra a carnalidade, afinal de contas, ainda é homem. No entanto, assim como é necessário possuir qualificações es­pecíficas para exercer determinadas profissões, o Ministério Diaconal não pode ser exercido de qualquer forma e deve ser levado a sério. Deus esta­beleceu requisitos, e eles estão mais relacionados ao caráter do que aos dons, portanto, não é opcional ter boa conduta, é eliminatório.

Por último, não apenas os olhos de Deus estão atentos ao procedimento do diácono, mas também os olhos da Igreja, pastor, liderados e do mundo, porque aqueles que mesmo como servos e oficiais da Igreja Batista, não deixarão de ser vistos em suas ações e palavras. A questão é que os olhos alheios possuem o direito de olhar para o diácono – direito firmado pelo próprio Deus. Sim, Deus definiu que um homem tem direito de olhar para o comportamento de seu diácono e, mais do que isso, deve imitá-lo. Não há nada de errado nisso, por mais que muitos olhem de forma errada. O pró­ prio Jesus, que precisa definitivamen­ te ser tomado como referência, não reclamou de olhares; pelo contrário, Cristo atraía para Si e para Suas ações olhos nem sempre amáveis, nem sem­ pre compreensíveis, mas sempre aten­ tos. Isso não impediu o ministério de Cristo, muito menos sua postura firme por santidade, ainda que muitas vezes mal interpretada.

Por isso, ao desejar o ministério diaconal, o candidato precisa calcular o preço: (Lucas 14.28-30 – “Qual de vo­cês, se quiser construir uma torre, pri­meiro não se assenta e calcula o preço, para ver se tem dinheiro suficiente para completá-la? Pois, se lançar o alicerce e não for capaz de terminá-la, todos os que a virem rirão dele, dizendo: ‘Este homem começou a construir e não foi capaz de terminar”.), custa cará­ ter, qualificações sob moldes bíblicos e manter-se exemplo perante outros, dentro e fora da Igreja.

Os diáconos são homens e mulhe­ res escolhidos por Deus, reconhecidos pela Igreja! Com boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este impor­ tante negócio.

Nesses sete anos de Ministério Dia­conal tenho aprendido que os diáconos são como bombeiros: combatem os incêndios e devem sempre estar pron­tos, praticantes da palavra de Deus. Fiéis dizimistas! Aqueles que amam seu pastor e família! E por fim, vivem como juízes, pois recebem as deman­das e precisam agir com sabedoria e cheios do Espírito Santo.

Parabéns aos diáconos Batistas de todo Brasil!

Parabéns a todos os pastores e Igrejas que investem no Ministério Diaconal!

Estejamos sempre em oração pe­los diáconos Batistas do Brasil e suas respectivas famílias!

Recebam o forte abraço da Direto­ria da Associação dos Diáconos Batis­tas do Brasil (ADBB) e seu presidente/ servo.

Eduardo Martins Pires
Presidente da ADBB (Associação dos Diáconos Batistas do Brasil)

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