Quando a escolha não é uma opção

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“Mas, se vocês não quiserem servir o Senhor, escolham hoje a quem vão servir: se os deuses a quem os pais de vocês serviram do outro lado do Eufrates ou os deuses dos amorreus em cuja terra vocês estão morando. Eu e a minha casa serviremos o Senhor” (Josué 24.15)

Comumente definimos por escolha o momento em que todo o indivíduo tem diante de si um conjunto de realidades possíveis, dentre as quais ele deve realizar uma escolha. São muitas as pessoas que acreditam que o ser humano é constitutivamente livre e responsável por suas escolhas e, por conseguinte, cabe a si mesmo definir sua própria história. Para fazer uma escolha, será preciso “abrir mão de alguma coisa”. Dessa maneira, esse indivíduo poderá acertar ou errar, ganhar ou perder.

Por que fazer escolhas é difícil? Toda decisão que tomamos envolve uma escolha. E cada escolha é orientada por algum fator anterior a decisão. Nossas crenças influenciam nossas escolhas. Escolhemos quase sempre, por preferência, pelo gosto, por uma predileção, por uma prioridade, por causa de uma inclinação ou propensão, por uma opinião particular ou coletiva, por primazia ou precedência, por favoritismo e por volição. É difícil fazer escolhas, porque é muito difícil tomar decisões. Fazer escolhas envolve tempo e energia para considerar e refletir sobre as opções disponíveis.

A escolha apresentada em Josué 24.15, não era entre o SENHOR DEUS e os ídolos, pois Josué na sua fala, deixa claro que o povo estava decidido a não servir a Deus, de modo que os desafiou a escolher entre os deuses de seus ancestrais que viviam na Mesopotâmia e os deuses dos amorreus que os israelitas conheceram em Canaã. A escolha que Josué identifica, e que está colocada pelo povo de Israel (os deuses dalém do Rio ou os deuses dos amorreus) dificilmente pode ser considerada como uma escolha válida à luz da rejeição absoluta da Bíblia a todas as divindades. A escolha diante da qual as pessoas estavam se colocando não era uma opção válida segundo a vontade de Deus revelada na Escritura. Esse tipo de escolha não é uma opção que a Escritura nos oferece. A única opção válida segundo a Escritura, é a apresentada através da decisão de Josué. Sua nobre decisão tem sido fonte de inspiração para gerações de fiéis desde então: “Eu e a minha casa serviremos ao SENHOR”.

Ninguém é verdadeiramente livre se não pode realizar escolhas legítimas. Contudo, a pior escravidão é achar que suas “falsas” escolhas representam algum tipo de liberdade, quando na verdade, suas opções, ainda que sejam variações, são na verdade a manutenção do seu cativeiro (sua total falta de liberdade). No caso do povo de Israel, suas opções estavam limitadas ao cativeiro dos falsos deuses. Veja o que disse Josué: “Se servir ao Senhor não parece bem a vocês (lit., “é mau aos olhos de vocês”), então o caminho estava aberto para aquelas outras escolhas que na realidade não são uma opção válida segundo a Escritura.

Sua liberdade não é o resultado das suas escolhas, sua liberdade é uma providência divina. Deus não é uma mera opção entre várias alternativas possíveis, Ele é o único Deus vivo e verdadeiro. Somente em Deus somos livres, somente em Deus há salvação. Diante de tantas opções falsas, do aparente livre-arbítrio, surgirão centenas de cativeiros e prisões espirituais. Faça como Josué, declare que não existe outra escolha. Reconheça que as outras opções não são uma possibilidade para você e sua família. Você e sua casa serão “servos” do Senhor. A verdadeira liberdade somente será experimentada pelos “servos” do Senhor. As escolhas do povo, na percepção de Josué, apontavam para falsos deuses. A decisão por “servir” ao Senhor, era o único caminho possível para a liberdade, num mundo onde as falsas escolhas conduzem a escravidão.

Que Deus abençoe você, sua casa e toda a sua Família.

Pr. Carlos Elias de Souza Santos.

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