Gestão de Equipes na Igreja – Parte 1

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Foto: Freepik.

Para começar a falar de equipe, temos que primeiro definir o que não é uma equipe. Bem, equipe não é só juntar pessoas, nem é só um grupo de pessoas reunidas, muito menos é somente a reunião de pessoas para a realização de um trabalho em grupo. Não adianta simplesmente dizer que se trabalha em equipe, se na prática isto não acontece.

Ok, então, equipe não é só um trabalho em grupo, então o que é?

Equipe é somar competências para um propósito. Equipe é união de pessoas motivadas para alcançar um objetivo comum. Em uma equipe as pessoas não buscam seus interesses pessoais, mas o sucesso da equipe.

No caso da igreja, as equipes trabalham para que ela cumpra sua missão.

Podem existir equipes formadas para um determinado trabalho, ou equipes que desenvolvem trabalhos fixos.

Dependendo da estrutura da igreja podemos ter equipes formadas por professores, equipe administrativa, equipe pedagógica, equipe de louvor, equipe de visitas. Sua igreja pode ter um conselho educacional, que também é uma equipe. Também podemos formar equipes para um determinado trabalho, como por exemplo, estruturar a EBD infantil.

O importante é que em cada equipe:

– O propósito esteja bem definido – As pessoas precisam saber claramente o objetivo daquele grupo.

– Haja comprometimento de cada pessoa da equipe – Os membros da equipe devem se sentir parte do que está sendo feito, sabendo que cada contribuição, mesmo que possa parecer pequena, é essencial para o sucesso do trabalho.

Em uma equipe todos devem chegar juntos. É preciso que as pessoas estejam lado a lado, cooperando mutuamente para alcançar o objetivo.   

Na igreja, normalmente, trabalhamos com voluntários. E, como escolher os voluntários que formarão uma equipe?

Bem, mais do que uma pessoa escolhida pela comissão de indicação, e eleita na igreja, o trabalho cristão é vocação, é uma escolha divina. Quem distribui dons na igreja é o Espírito Santo (1Co 12.11). A igreja é um corpo vivo de Cristo (1Co 12.27). Cada um tem o seu dom. No corpo de Cristo todos têm uma especial atuação.    

O apóstolo Paulo em Efésios 4.16 fala da justa operação de cada parte. Assim, na equipe é importante ter a pessoa certa no lugar certo. É a justa operação para o alcance do objetivo, para o sucesso de todos.

Precisamos pensar  no significado de competência para a escolha dos colaboradores. Gosto da definição de competência que junta, alia: conhecimento, habilidades e atitudes.  Um professor de EBD (Escola Bíblica Dominical, Escola Bíblica Discipuladora, Escola Bíblica Diária, ou Escola Bíblica …),  por exemplo, precisa ter conhecimento bíblico (se for uma Escola Bíblica temática, ele precisa dominar o tema do estudo), mas além disso ele precisa ter habilidade para o ensino, com didática, comunicação e atitude, demonstrando disposição para ensinar.

A igreja é um espaço de comunhão, serviço, adoração, ensino, evangelização, missões, cura, mas também de  aprendizado e crescimento cristão. Cada colaborador deve ter um sentido de missão, e entender que foi Deus que o colocou no lugar em que está. Pode ser, por exemplo, que para ser um professor em uma escola secular o conhecimento seja o suficiente, mas na igreja deve-se levar em consideração também o compromisso cristão.

Equipes formadas por pessoas competentes e comprometidas, fazem toda diferença no meio eclesiástico, pois buscamos também o sucesso, mas não um sucesso medido pelo alcance de metas e resultados, com prêmios, ganhos financeiros ou conquistas profissionais, mas na edificação, unidade e crescimento bíblico do corpo de Cristo (Ef 4.12-15), para a glória de Deus.

Por Leila Matos – OECBB.

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