Embora os judeus acreditassem na existência de pelo menos sete céus, o apóstolo Paulo faz menção a apenas três (2 Co 12.2). Acredita-se que o primeiro seja o que vemos a olho nu; o segundo, composto por inúmeras galáxias, somente visto mediante o uso de equipamentos; já o terceiro, é o trono do Altíssimo, o qual, será desfrutado apenas pelos salvos, após o Juízo Final. Entretanto, todas às vezes em que um simples mortal se dirige ao seu Criador, através da oração, um fenômeno magnífico acontece. O seu reino vem até nós, criando uma espécie de ponte, uma linha de transmissão direta entre o céu e a terra (Mt 18.18).
É possível verificar na Bíblia algumas categorias de oração e uma delas é a intercessão (Jo 17.20). Há cristãos muito dedicados a essa prática, transformando-a em um autêntico Ministério (serviço), objetivando sempre trazer algum benefício ao próximo (Tg 5.16). A seguir, será utilizada uma narrativa bíblica, fazendo um paralelo para demonstrar a relevância desta oração.
O povo de Israel saiu do Egito sob a liderança de Moisés e começou a peregrinar pelo deserto. Em dado momento, eles se depararam com uma tribo de beduínos, liderados por um homem chamado Amaleque, provavelmente descendentes de Esaú. Houve um empasse e o confronto era inevitável. Moisés mandou Josué escolher os homens e partir para a batalha, enquanto isso, ele, Arão e Hur subiriam ao monte com o bordão de Deus. Assim procedeu seu Comandante. No decorrer da peleja, quando Moisés, em posse do bordão, levantava a mão, Israel prevalecia, no entanto, ao baixá-la por conta do cansaço, era o inimigo quem triunfava. Então, Arão e Hur pegaram uma grande pedra e fizeram Moisés se sentar nela, enquanto se posicionavam um de cada lado dele. Eles mantiveram a mão de Moisés sempre erguida até a vitória final, desempenhando uma função de extrema importância ao ajudar o líder de seu povo a cumprir sua missão (Ex 17.8.16).
A semelhança da experiência daqueles israelitas, a Intercessão exerce sustentação para os demais Ministérios nas igrejas, em especial, aos Pastorais. Diante da luta espiritual onde todos os cristãos são submetidos, ininterruptamente, ela contribui para o fortalecimento dos missionários, concedendo-lhes sabedoria, força e intrepidez para cumprirem a grande missão de pregar o evangelho aos povos não alcançados. Por se tratar de uma guerra contra principados e potestades, não adianta utilizar armas humanas. É preciso recorrer a instrumentos adequados.
O Ministério de Intercessão é uma das ferramentas mais poderosas a ser utilizada pela igreja de Cristo. Lucas, escrevendo acerca dos primeiros passos da igreja primitiva, comenta sobre a prisão do apóstolo Pedro (At 12.9-19). Aos olhos humanos era impossível ele escapar, entretanto, diante do poder intercessor da igreja, Deus enviou um anjo e o arrancou de lá de maneira inacreditável. A intercessão parece não ter tanta relevância, talvez, for ser exercido frequentemente no anonimato (Mt 6.6). Os irmãos chamados para exercerem este Ministério, devem ter ciência quanto a necessidade de utilizarem armas apropriadas, como, a oração e a fé (Ef 6.10-19). Essas armas devem ser empregadas com toda ousadia através da intimidade com Deus, sendo alcançadas por vidas totalmente consagradas a ele.
Portanto, apesar de sua invisibilidade, o Ministério de Intercessão é indispensável para a conquista dos objetivos impostos pelo Mestre a sua igreja, bem como dos traçados pela nossa Junta de Missões Nacionais.
Por Juvenal Oliveira Netto
Colunista deste Portal