O vocabulário humano é muito limitado quando se trata de definirmos os atributos de Deus. Os teólogos mais brilhantes que o mundo já conheceu, escreveram milhares de páginas tentando esquadrinhar sua natureza, no entanto, nenhum deles conseguiu decifrá-lo na sua plenitude. Não conhecemos quase nada sobre o que fora criado, tendo em vista o número de galáxias existentes no universo, entretanto, focando apenas na Terra, é o suficiente para nos rendermos as maravilhas de tudo aquilo que gira em torno da vida. Uma delas provavelmente é a relação sexual, diria um percentual bastante considerável da população mundial. Inclusive, há comprovações científicas quanto aos dezessete benefícios proporcionados por ela a nossa saúde. O aumento nos níveis de serotonina, hormônio associado ao bom humor, é um deles, ou seja, diminui a irritabilidade, a ansiedade e a depressão.
Não há nenhuma sombra de dúvidas sobre o criador de algo tão prazeroso para as pessoas, entretanto, Deus estabeleceu parâmetros a serem observados quanto as suas práticas. Elas devem ser, exclusivamente, entre seres humanos, heterossexuais e monogâmicas, digo, praticada entre pessoas de sexo oposto; apenas entre um homem e uma mulher e por casais, devidamente unidos através do matrimônio (Lv 18.20-23; Rm 1.26,27; I Co 5.1-11, 6.9-19, 7.2; I Tm 1.10). Além destas, há ainda a abominação de relações que envolvam parentes mais próximos e aquelas onde não há consentimento de uma das partes (Dt 22.25). Todo relacionamento fora destes padrões são veementemente reprovados pelo Eterno e considerados imoralidade sexual. Aqueles que o desobedecerem, sofrerão as devidas consequências de seus atos em tempo oportuno. Cabe destacar a diferença entre pecar e viver em pecado. O salário para aqueles que vivem desse modo é a morte (Rm 6.23).
Deus é o único ser perfeito, absoluto em sabedoria e criou as regras supramencionadas não por um rigor barato e punitivo, mas, pelo amor e zelo que possui sobre a obra criada. Cremos que ao delimitá-las, não somente em relação ao assunto em pauta, mas, também, aos demais, ele busca o melhor para cada um de nós. Mesmo que não houvesse razão alguma para suas restrições, ainda assim, devemos aceitá-las sem quaisquer questionamentos, pois, a criatura jamais poderá se contrapor ao Criador (Rm 9.20).
Em algumas traduções da Bíblia, a palavra “conhecer” é utilizada para definir o ato sexual (Gn 4.25, 19.8; Nm 31.18, 31.35, 19.25), ou seja, é algo muito profundo que une muito mais que corpos, envolve a alma e o espírito (Mt 19.5,6). Praticado no casamento, é uma bênção divina que transcende a finalidade de procriação, isto é, deve ser desfrutado ao máximo, proporcionando prazer a ambos os sexos, não obstante, deve ser acompanhado de respeito mútuo, amor e carinho que excede a uma simples atração física (Gn 26.8).
É muito natural que pessoas descrentes ignorem os princípios deliberados pelo Criador, realizando diversas práticas envolvendo o sexo, tais como: estupro, bestialidade, incesto, fornicação, adultério, homossexualidade, prostituição e toda sorte de pornografias. No entanto, quando voltamos nosso olhar para a igreja cristã, não podemos encarar tais atos com naturalidade. O pecado precisa ser confrontado e denunciado não com a intenção medíocre de expor, humilhar ou massacrar os indivíduos, mas, para produzir arrependimento, cura e libertação. Como foi dito inicialmente, o sexo é muito atrativo, por isso, se constitui em uma ferramenta muito utilizada por satanás para causar destruição. Mal utilizado, ele gera inúmeras enfermidades, as quais, vão desde a, doenças físicas, passando pelas emocionais, até chegar ao ápice, as espirituais, com desdobramentos envolvendo a eternidade.
Sendo assim, o discípulo de Cristo não pode ignorar suas orientações, as quais, possuem fundamentação nas Escrituras e devem nortear nosso estilo de vida. Alguns tentam, maquiavelicamente, esconder os textos correlacionados, outros caminham de forma ainda mais sorrateira, imprimindo e disseminando uma falsa Bíblia sem os referidos trechos. Deus sempre colocou diante de nós a escolha entre a bênção e a maldição (Dt 11.26-28). O que o sexo tem proporcionado aos cristãos desta geração? Pense nisso com muito carinho!
Por Juvenal Oliveira Netto
Colunista deste Portal